23 mar, 2019 - 09:35 • Redação, com agências
Aumenta para 417 o número de mortos no centro de Moçambique em resultado da passagem do ciclone Idai, avançou este sábado o ministro do Ambiente e do Território, Celso Correia.
A situação no país está a melhorar gradualmente, mas continua a ser crítica, afirma o governante citado pela agência Reuters.
O segundo avião C-130 da Força Aérea Portuguesa com apoio português às operações de socorro às vítimas da passagem do ciclone Idai em Moçambique aterrou este sábado na cidade da Beira pelas 10h30 (8h30 em Lisboa).
O avião transporta uma equipa avançada de peritos da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), elementos da Força Especial de Bombeiros, da Guarda Nacional Republicana (GIPS e binómios de busca e socorro), do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e da EDP.
O envio dos dois C-130 foi anunciado ao início da noite de quarta-feira pelo ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal (MNE) e o primeiro aterrou na sexta-feira.
No primeiro avião, além dos 35 militares, seguiram uma equipa cinotécnica (homem e cão) da GNR, numa operação coordenada pela Autoridade Nacional de Proteção Civil.
Para este sábado está prevista ainda a chegada ao mesmo aeroporto da Beira de um avião comercial fretado pelo Estado português com uma força operacional conjunta da ANPC, com valências nas áreas de busca, salvamento, proteção e socorro em situações de emergência complexas.
O apoio português surge na sequência do pedido de assistência internacional para ajuda nas operações de socorro apresentado pelas autoridades moçambicanas no quadro do Mecanismo de Proteção Civil da União Europeia.
A Cruz Vermelha Internacional disse na sexta-feira que já há registo de casos de cólera na Beira, cidade com meio milhão de habitantes que foi gravemente atingida pelo ciclone Idai.
O ciclone afetou pelo menos 2,8 milhões de pessoas nos três países africanos e a área submersa em Moçambique é de cerca de 1.300 quilómetros quadrados, segundo estimativas de organizações internacionais.
A cidade da Beira, no centro litoral de Moçambique, foi uma das mais afetadas pelo ciclone, na noite de 14 de março.