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Brexit

“Mudar de primeiro-ministro não é solução”. Theresa May pressionada ou não a sair?

24 mar, 2019 - 10:08 • Redação com agências

Downing Street desmente as notícias de pressões sobre a primeira-ministra para que se demita, mas os jornais britânicos garantem que há movimentações no sentido de afastar May.

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O Reino Unido tem de encontrar uma maneira de sair da União Europeia e não concentrar-se em afastar a primeira-ministra, afirmou este domingo o responsável do executivo britânico pelas Finanças.

Questionado pela Sky News sobre as notícias que dão conta que Theresa May estará a ser pressionada pelo seu próprio executivo para sair, Philip Hammond responde: “Não, não creio que isso esteja a acontecer”.

“Mudar de primeiro-ministro nesta altura não nos vai ajudar”, defende, rejeitando também a notícia de que ele próprio estaria a tentar que o vice-primeiro-ministro David Lidington assumisse a chefia interina do Governo.

A reação de Phillip Hammond surge depois de o jornal “Sunday Times” ter noticiado, no sábado, que vários membros do executivo de May estarão a movimentar-se para afastar a primeira-ministra.

“O fim está próximo. Sairá dentro de 10 dias”, afirmou mesmo um membro que não se quis identificar.

A BBC, por seu lado, avança neste domingo que Theresa May poderá ver o acordo para o Brexit aprovado no Parlamento se deixar o cargo. Ou seja, a BBC confirma a existência de um movimento dentro do Governo e da Câmara dos Comuns para tentar que Theresa May se demita e que essa será uma condição para muitos membros do Governo e do Partido Conservador apoiarem o acordo assinado com Bruxelas – que pode ir mais uma vez a votos na próxima semana.

Em declarações à Sky News, o responsável pelo Tesouro britânico admite que o acordo pode ser rejeitado novamente. “Se for esse o caso, o Parlamento terá de ser claro sobre o que não concorda”, afirma Philip Hammond.

Questionado sobre eventuais alternativas ao Brexit, Hammond diz que, apesar de não saber se a maioria dos deputados o quererá, o segundo referendo parece uma boa proposta.

“Parece-me claro que haverá uma oportunidade, nos próximos dias, para a Câmara dos Comuns tentar encontrar uma maioria para outra proposta, no caso de não aprovar o atual acordo de saída”, defende.

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