26 mar, 2019 - 00:54 • Lusa com Redação
O secretário-geral das Nações Unidas, o português António Guterres, disse segunda-feira que a ONU está com os moçambicanos, vítimas do ciclone Idai, reconhecendo que a recuperação “vai levar tempo” e “exigir uma mobilização muito grande”.
Numa mensagem áudio em língua portuguesa, disponibilizada pelos serviços das Nações Unidas, António Guterres começa por expressar a sua “total solidariedade ao povo moçambicano e ao seu Governo” face “à imensa tragédia que assolou Moçambique”.
“As minhas sinceras condolências às famílias das centenas e centenas de moçambicanas e moçambicanos que morreram”, cujo número certo ainda é desconhecido, refere o secretário-geral das Nações Unidas.
A passagem do ciclone Idai em Moçambique, no Zimbabué e no Maláui fez pelo menos 762 mortos, segundo os balanços oficiais mais recentes.
Em Moçambique, o número de mortos confirmados subiu hoje para 447, no Zimbabué foram contabilizadas 259 vítimas mortais e no Maláui as autoridades registaram 56 mortos.
A cidade da Beira, no centro litoral de Moçambique, foi uma das mais afetadas pelo ciclone, na noite de 14 de março.
Na mensagem, António Guterres manifesta, ainda, total solidariedade “a todos os que perderam membros das suas famílias ou perderam a sua casa, que viram as escolas onde os seus filhos estudavam destruídas, as estradas que percorriam desaparecer, que não mais têm a possibilidade de colher aquilo que semearam”.
“A todos quero dizer que as Nações Unidas estão convosco, que os trabalhadores das agências das Nações Unidas, no plano humanitário, no plano do desenvolvimento, desde a primeira hora, procuram fazer o seu melhor para ajudar o povo moçambicano a sair desta crise enorme e a recomeçar o seu caminho de desenvolvimento”, garante o secretário-geral da organização.
Reconhecendo que “vai ser duro, vai levar tempo, vai exigir uma mobilização muito grande de todos os esforços, nacionais e internacionais”, António Guterres assegura: “Mas nós, nas Nações Unidas, estamos convosco e estamos, ao mesmo tempo, a apelar à comunidade internacional para uma ajuda maciça a Moçambique, para que Moçambique possa recuperar o mais depressa possível desta imensa tragédia".