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Deputados britânicos adiam Brexit. Moções alternativas chumbadas

27 mar, 2019 - 21:25 • Redação com Lusa

Todas as moções alternativas ao Governo foram rejeitadas na votação desta quarta-feira no Parlamento britânico.

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O Parlamento britânico aprovou esta quarta-feira à noite o adiamento do Brexit para 12 de abril ou 22 de maio.

Um total de 441 deputados votaram a favor da moção e 105 manifestaram-se contra.

Sendo assim, o Brexit já não vai acontecer na sexta-feira, 29 de março, mas pode ser a 12 de abril sem acordo ou a 22 de maio com um acordo aprovado no Parlamento de Londres.

O Parlamento britânico votou esta quarta-feira as oito moções alternativas e não vinculativas sobre o divórcio com a União Europeia. Todas foram chumbadas pelos deputados.

Na mais recente cartada para conseguir uma saída ordenada da UE, a primeira-ministra britânica prometeu esta quarta-feira, numa reunião com os deputados do Partido Conservador, demitir-se se o Parlamento aprovar o acordo de Brexit com a Europa.

Depois deste apelo, Theresa May ouviu os unionistas da Irlanda do Norte dizer que a demissão não é suficiente para aprovarem o acordo da primeira-ministra que está em cima da mesa.

May continua sem maioria no Parlamento e, caso o acordo não seja aprovado na sexta-feira, o Reino Unido vai sair da UE a 12 de abril, a não ser que consiga negociar um adiamento do Brexit por um período mais prolongado.

Entre as oito moções alternativas chumbadas esta quarta-feira está uma proposta para deixar a UE sem acordo, já a 12 de abril, avançada por quatro deputados conservadores, que foi derrotada por 400 votos contra 160.

Com 188 votos a favor e 283 contra, também foi rejeitada outra proposta conversadora, apelidada de “mercado comum 2.0”, que defendia a continuidade do Reino Unido continuaria no mercado único europeu e mais tarde seria alcançado um acordo comercial mais abrangente, com uma solução para a fronteira entre as Irlandas.

Uma proposta de deputados trabalhistas, que defendia o referendo a qualquer acordo de Brexit, foi chumbada por 295 votos contra 268.

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  • José Joaquim Cruz Pinto
    29 mar, 2019 Ílhavo 20:29
    Mas a característica mais marcante do BREXIT, assim como do próprio povo britânico em geral, é a constatação, ao fim de dois anos de BREXIT e de muitos séculos de história, da necessidade e urgência de conseguirem descobrir em que é que poderão concordar (seja lá no que for, faça ou não sentido), ao menos por maioria simples. Já fizeram oito ou mais tentativas, e mais se seguirão até pelo menos 12 de Abril.
  • José Joaquim Cruz Pinto
    28 mar, 2019 Ílhavo 10:27
    A situação do BREXIT é muito fácil de resumir: 1. Metade ou mais dos britânicos não quer o BEXIT; 2. Quase metade quer o BREXIT, dos quais talvez metade quere-o já, mesmo sem acordo, e a outra metade só depois de um acordo; 3. Foi de facto feito um acordo, mas uma grande maioria dos parlamentares não quer o acordo; 4. Contudo, a quase unanimidade dos parlamentares não quer um BREXIT sem acordo; 5. Finalmente, todas as (oito?) alternativas ao acordo foram reprovadas; 6. Entretanto, enquanto não há acordo nem decidem sair, vão se mantendo na UE - que boa que ela é, não é?! Quem não entender os britânicos, sugiro um estágio de vida durante um ou mais anos na Grâ-Bretanha, particularmente em Inglaterra, que acabará esclarecido.

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