30 mar, 2019 - 10:00 • João Cunha ,enviado da Renascença a Moçambique, com Redação
A equipa do INEM que viajou para Moçambique para prestar assistência às vítimas do ciclone Idai já chegou à cidade da Beira.
Numa altura em que o país se prepara para iniciar uma campanha de vacinação contra a cólera, a equipa do INEM traz consigo um hospital de campanha para prestar auxílio à população
O avião da EuroAtlantic transportou para o país 28 médicos, enfermeiros, técnicos de radiologia, um psicólogo e especialistas na área do trauma.
A equipa multidisciplinar vai agora proceder a todas as obrigações legais de entrada no país, seguindo depois para Mafambisse, a 40 quilómetros da Beira, local onde o hospital de campanha deverá ser montado.
O ciclone Idai, que atingiu o país nos dias 14 e 15 de Março, provocou inundações extensas, e as águas estagnadas, corpos em decomposição, ausência de canalizações e esgotos e a falta de higiene são propícias ao aparecimento e à propagação da cólera, além de malária e surtos de diarreia.
O balanço provisório da passagem do ciclone indica, para já, 493 mortos em Moçambique, onde a área submersa é de cerca de 1.300 quilómetros quadrados, segundo estimativas de organizações internacionais. Contudo, tudo indica que o balanço de vítimas seja superior ao indicado.
O ciclone assolou também o Malawi e o Zimbabué: pelo menos 2,8 milhões de pessoas nos três países africanos foram afetadas.
A cidade da Beira, no centro litoral de Moçambique, foi uma das mais devastadas pelo ciclone, na noite de 14 de Março. A ONU alerta que 400 mil pessoas desalojadas necessitam de ajuda urgente, avaliada em mais de 35 milhões de euros.