04 abr, 2019 - 09:39 • Cristina Nascimento , com Reuters
Veja também:
Os pilotos da companhia aérea Ethiopian Airlines fizeram tudo o que deviam, mas não conseguiram evitar a queda do Boeing MAX 8. A revelação é pela ministra etíope dos Transportes.
“A tripulação fez várias vezes os procedimentos indicados pela construtora, mas não conseguiram controlar o aparelho”, referiu a ministra dos Transportes, Dagmawit Moges.
Na conferência de imprensa desta quinta-feira, Moges garantiu que a investigação não pretende apurar culpados, mas sim contribuir para a segurança aérea.
O Governo da Etiópia está a revelar os primeiros resultados da investigação à queda do avião que levava 157 pessoas a bordo e que se despenhou poucos minutos depois de ter levantado voo.
De acordo com os primeiros dados agora revelados, apesar das tentativas dos pilotos, o nariz do avião não levantava. Um dos investigadores presentes na conferência de imprensa explicou que nos próximos seis a 12 meses vão continuar a investigar o caso para apura que outros problemas podem ter existido no aparelho.
Nos últimos meses, dois aviões Boeing MAX 8 caíram em circunstâncias semelhantes. Antes do aparelho da Ethiopian Airlines, um outro avião da Lion Air caiu no mar ao largo da Indonésia, provocando 189 mortos.
Os dois aparelhos registaram subidas e descidas irregulares logo após a descolagem.
Perto de 60 países interditaram o seu espaço aéreo ou suspenderam temporariamente a utilização de aeronaves Boeing 737 Max.
A Boeing enfrenta o desafio de provar que os aviões são seguros por entre suspeitas de que sensores e ‘software’ defeituosos contribuíram para as duas quedas em menos de seis meses.