Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

Theresa May admite que Brexit pode estar em risco

08 abr, 2019 - 07:27 • Redação com Lusa

Primeira-ministra britânica diz que o Reino Unido tem duas alternativas: "sair da UE com acordo ou não sair de todo". Mas afirma que o Parlamento tem o "dever" de cumprir o Brexit.

A+ / A-

Veja também:


A primeira-ministra britânica alerta que o Brexit pode estar em risco. Numa mensagem em vídeo, divulgada no sábado à noite, Theresa May sublinhou que a única alternativa é negociar com a oposição - uma opção que não tem sido fácil.

"O governo negociou um acordo com a UE e eu preferia que esse acordo fosse aprovado pelo Parlamento e que pudéssemos sair da UE com base nisso. Mas o Parlamento já rejeitou esse acordo três vezes, e agora não os imagino a aceitá-lo. Portanto, a escolha que temos pela frente é sair da UE com acordo ou não sair de todo", disse May.

O acordo negociado com Bruxelas foi chumbado três vezes na Câmara dos Comuns. Agora, a única alternativa da primeira-ministra é negociar com a oposição para que o Parlamento aprove um acordo para o Brexit.

"Eu penso, o governo pensa que temos mesmo de sair da UE, temos de levar a cabo o Brexit. Teria de haver cedências de ambos os lados, mas acredito que levar a cabo a saída é o mais importante pra nós. As pessoas votaram para sair da UE. O Parlamento tem o dever de fazer cumprir isso", afirma a primeira-ministra britânica.

Reino Unido e União Europeia. 46 anos de uma relação complicada
Reino Unido e União Europeia. 46 anos de uma relação complicada

May pediu na sexta-feira aos restantes 27 Estados-membros da UE um adiamento da data de saída do Reino Unido de 12 de abril para 30 de junho e iniciou negociações com o Partido Trabalhista para um compromisso que permita que o Parlamento aprove o acordo do 'Brexit'.

No entanto, os três dias de negociações com os trabalhistas já concluídos não produziram resultados e o 'Labour' acusa o governo de May de não apresentar nenhuma verdadeira mudança.

"Não vi nenhuma grande mudança na posição do Governo até agora", afirmou o líder trabalhista, Jeremy Corbyn, no sábado. "Estou à espera de ver as linhas vermelhas moverem-se".

A nova data será discutida em Bruxelas na próxima quarta-feira, numa cimeira extraordinária dos Estados Membros.

Tópicos
Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+