17 abr, 2019 - 13:04 • Redação
França vai convidar arquitetos de todo o mundo a apresentarem projetos para a recconstrução do pináculo da torre central da Catedral de Notre Dame em Paris, anunciou esta quarta-feira o primeiro-ministro, Édouard Philippe.
O objetivo é "dar à Notre Dame um novo pináculo adaptado às técnicas e desafios da nossa era", referiu o governante aos jornalistas um dia depois de Emmanuel Macron, Presidente de França, ter prometido reconstruir a catedral e pô-la "ainda mais bonita" no espaço de cinco anos.
O pináculo da torre central do icónico monumento foi o primeiro a arder na sequência do grande incêndio da passada segunda-feira, cujas causas estão ainda a ser investigadas.
Nas primeiras 24 horas depois do incêndio, duas das famílias mais ricas do mundo, ambas francesas, bem como outros empresários e corporações comprometeram-se a doar mais de 800 milhões de euros para a reconstrução de Notre Dame.
Face às promessas, surgiu um aceso debate público em França sobre as deduções fiscais que serão atribuídas, de acordo com a legislação em vigor, aos milionários que doem tamanha quantias, deduções essas na ordem dos 60%
As críticas já levaram o milionário francês François-Henri Pinault a anunciar que vai abdicar dessa isenção.
"A doação para a Notre Dame de Paris não será objeto de qualquer dedução fiscal", garantiu em comunicado o CEO do império de bens de luxo Kering. "A família Pinault considera que está fora de questão deixar os contribuintes franceses a carregar esse fardo."
O Governo francês anunciou entretanto que estas deduções vão continuar em vigor, mas decidiu aumentar para 75% a dedução fiscal em donativos individuais para a Notre Dame de até mil euros cada.