22 abr, 2019 - 14:51 • Redação
Os sucessivos ataques bombistas deste domingo em igrejas e hotéis no Sri Lanka estão já entre os mais mortíferos desde o 11 de Setembro, quando 2.977 pessoas morreram – torno-o no ataque mais infame da história recente.
Esta segunda-feira, e feito o ponto de situação pelas autoridades do Sri Lanka, contabilizava-se já em 290 o número de mortos, acreditando-se que este possa vir ainda a aumentar nos próximos dias. Isto porque cerca de 500 pessoas ficaram feridas, muitas delas em estado considerado grave ou muito grave.
Recordando outros atendados também com origem no fundamentalismo religioso, na manhã de 11 de março de 2004, uma série de explosões em simultâneo na estação ferroviária de Atocha, em Madrid, mataram 193 pessoas e feriram quase dois milhares. Aquele tornava-se no atentado terrorista mais mortífero da história espanhola e no mais mortífero na Europa desde 1988, aquando do atentado ao voo 103 da Pan Am, que sobrevoava Lockerbie, na Escócia.
Também em 2004, um cerco de três dias a uma escola em Beslan, na Ossétia do Norte, terminou com um registo sangrento de 334 mortos, contabilizando-se mais de 180 crianças entre estes.
Em agosto de 2007, pelo menos 500 pessoas morreram e 1.500 ficaram feridas após um ataque com um carro armadilhado numa comunidade yazidi perto de Mosul, no Iraque.
Em dezembro do ano seguinte, durante as celebrações do Natal, membros do Exército de Resistência do Senhor (LRA), um grupo rebelde do Uganda, atacaram várias aldeias na República Democrática do Congo: 620 pessoas acabariam por morrer.
Em maio de 2014, membros do grupo radical islâmico Boko Haram atacaram, durante 12 horas continuas, as cidades de Gamboru e Ngala, na Nigeria, matando 300 dos seus habitantes.
Apenas dois meses depois, um ataque terrorista perpetrado pelo Estado Islâmico num campo de instrução da Força Aérea iraquiana em Tikrit matou 1.500 formandos, maioritária xiitas ou não-muçulmanos.
Em julho de 2015, pelo menos 340 pessoas foram mortas e centenas ficariam feridas numa série de ataques à bomba (mais uma vez reivindicados pelo Estado Islâmico) à comunicado xiita de Karrada, em Bagdad.
Em outubro de 2017, cerca de 600 pessoas morreram e outras 300 ficaram feridas durante um ataque com o camião armadilhado em Mogadishu, na Somalia.
No mês a seguir, um grupo de 40 homens armados atacou uma mesquita perto da cidade egípcia de Bir al-Abed. Mais de 200 pessoas foram mortas, tornado aquele ataque no mais sangrento da história do Egipto.
Em julho de 2018, pelo menos 258 pessoas morreram depois de terem sido atacadas por membros ligados aos Estado Islâmico na cidade síria de Sweida.