22 abr, 2019 - 12:34 • Marta Grosso com agências
Três dos quatro filhos do bilionário dinamarquês Anders Holch Povlsen estão entre as vítimas mortais dos atentados que, no Domingo de Páscoa, destruíram vários hotéis, igrejas e outros locais públicos no Sri Lanka.
A notícia foi avançada nesta segunda-feira pelo porta-voz da empresa Bestseller, a cadeia de vestuário detida por Povlsen, que inclui marcas como Vero Moda, Jack & Jones e Asos.
O porta-voz não avançou mais detalhes, mas, segundo a imprensa internacional, os três filhos estariam a passar férias no Sri Lanka. Isto porque, dias antes das explosões, a filha do empresário partilhou nas redes sociais uma foto dos irmãos com a localização do país.
Ainda de acordo com a imprensa, nomeadamente o jornal “The Times”, Anders Holch Povlsen é o maior proprietário de terras na Grã-Bretanha, 12 delas apenas na Escócia (incluindo o Castelo de Aldourie), onde está envolvido num projeto de conservação das Terras Altas (High Lands).
Segundo a revista “Forbes”, tal representa 1% de toda a terra da Escócia.
Família britânica perde três elementos
A família Povlsen é apenas uma das muitas que perderam alguém nos atentados de Domingo de Páscoa. A família Nicholson foi outra que ficou dilacerada. Estavam a tomar o pequeno-almoço no segundo andar do hotel Shangri-La quando um bombista suicida se fez explodir.
Anita, de 32 anos, e seu filho Alex, de 11, morreram. O pai de Ben foi visto horas depois no hospital, com uma orelha enfaixada, e a filha mais nova estava desaparecida e tudo indica que também tenha morrido na explosão.
São três quartos de uma família que se perdeu. Os Nicholson vivem em Singapura foram os primeiros a serem identificados. Integram assim a lista de quase 300 vítimas mortais (36 das quais estrangeiras) provocadas pelos múltiplos ataques no Sri Lanka.
Da lista faz também parte o português de Viseu que se encontrava em viagem de lua-de-mel. Rui Lucas, de 30 anos, tinha casado há uma semana. Estava no Sri Lanka com a mulher, que sobreviveu aos atentados e está agora a receber apoio consular para regressar rapidamente a Portugal.
Era funcionário de uma empresa de Vouzela que recebeu a notícia com imenso pesar e tristeza.
"Ele gostava de desportos de natureza, mas acho que não foi por isso que escolheu o Sri Lanka. Ia passar a lua-de-mel para um sítio calmo, com uma cultura completamente diferente. Gostava de viajar, viajava muito nas férias", descreve Augusto Teixeira, patrão de Rui.
Foram oito as explosões que, no domingo, abalaram sobretudo a capital do país, Colombo, a maior parte delas em hotéis de luxo.
O balanço das vítimas está agora em 290 mortos e mais de 500 feridos.