22 abr, 2019 - 10:05 • Redação
As autoridades do Sri Lanka culpam o grupo jihadista local “National Thowheed Jamath” pelos ataques de domingo de Páscoa, que ainda não foram reivindicados.
Segundo a agência Bloomberg, a informação foi avançada pelo ministro da Saúde, Rajitha Senaratne, porta-voz do executivo do Sri Lanka numa conferência de imprensa que decorreu esta segunda-feira.
O ministro adiantou ainda que o Governo está convencido de que os ataques terão tido o apoio de uma rede internacional
“Não acreditamos que estes ataques tenham sido levados a cabo por um grupo de pessoas confinado a este país”, disse Rajitha Senaratne. “Houve uma rede internacional sem a qual estes ataques não teriam ocorrido”, acrescentou. As forças de segurança continuam as buscas pelos responsáveis.
No domingo, além de vários responsáveis católicos, também o Conselho Mundial de Comunidades Muçulmanas e organizações muçulmanas do Sri Lanka condenaram os ataques.
Polícia encontrou 87 bombas por detonar
Esta segunda-feira, a polícia do Sri Lanka encontrou 87 explosivos por detonar numa central de autocarros da capital, Colombo. A informação é avançada pela agência Reuters, citando um porta-voz das autoridades.
As forças de segurança estão a realizar buscas por toda a ilha para encontrar os responsáveis pelos atentados de domingo de Páscoa. Já foram detidas 24 pessoas. A autoria dos ataques ainda não foi reivindicada.
As investigações feitas até ao momento revelam que pelo menos sete bombistas suicidas participaram nos atentados. Dois deles fizeram-se explodir num hotel de luxo na frente marítima de Colombo, diz o investigador Ariyananda Wellianga, citado pela agência Reuters. Os restantes atacaram três igrejas e dois outros hotéis.
EUA alertam que terroristas estão a planear novos ataques
"Grupos terroristas continuam a planear possíveis ataques no Sri Lanka. Os terroristas poderiam atacar com pouco ou nenhum aviso (…) áreas públicas", alertou o Departamento de Estado norte-americano através da sua embaixada dos Estados Unidos no Sri Lanka.
O Governo dos Estados Unidos indicou como potenciais alvos destes ataques áreas turísticas, centros de transporte, mercados, centros comerciais, instalações governamentais, hotéis, clubes, restaurantes, locais de culto, parques, grandes eventos desportivos e culturais, instituições educacionais e aeroportos.
Esta segunda-feira, as autoridades do Sri Lanka decretaram o recolher obrigatório entre as 20h00 e as 4h00. O Presidente Maithripala Sirisena declarou estado de emergência.
Uma série de explosões no domingo de Páscoa fizeram pelo menos 290 mortos e 500 feridos no Sri Lanka. Uma das vítimas mortais é um cidadão português, de 31 anos, que estava em lua de mel.
Notícia atualizada às 11h30