25 abr, 2019 - 21:13 • Sandra Afonso
A pesquisa por uma vacina já se arrasta há mais de 40 anos. As vacinas de primeira geração revelaram-se pouco eficazes, só garantem a proteção de 30% das pessoas vacinadas. Os cientistas testam agora o desenvolvimento de vacinas que protegem os glóbulos vermelhos da entrada do parasita.
Investigadores do Proteo-Science Center, da Universidade de Ehime (Japão) e da Sumitomo Dainippon Pharma (Japão), descobriram recentemente um novo antigénio do estádio sanguíneo do parasita, com destacado potencial terapêutico. Estes cientistas contam agora com a ajuda de investigadores portugueses e alemães, para transformar este material numa nova vacina.
Em Portugal, o IBET - Instituto de Biologia Experimental e Tecnológica, em Oeiras, será responsável pelo processo de produção e de garantia da qualidade da proteína.
Este projeto é financiado por um fundo japonês, o Global Health Innovative Technology Fund (GHIT), uma parceria público-privada entre o governo do Japão, várias empresas farmacêuticas, a Fundação Bill and Melinda Gates, o Wellcome Trust e o Programa para o Desenvolvimento das Nações Unidas. O objetivo do fundo é estimular o desenvolvimento de novas vacinas e medicamentos para o tratamento de doenças tropicais negligenciadas.
Hoje, 25 de Abril, assinala-se o Dia Mundial da Luta Contra a malária, para reconhecer o esforço global para o controlo efetivo da malária, sublinhar os avanços e apelar à ação e ao investimento, de forma a acelerar o progresso contra a doença.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, mais de três mil milhões de pessoas em 92 países estão em risco de contrair malária durante a sua vida.