01 mai, 2019 - 03:31 • Redação
Veja também:
O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, avisa que os envolvidos na tentativa de golpe de Estado não vão ficar impunes.
Depois de um dia de silêncio, apenas quebrado por uma mensagem no Twitter, Nicolás Maduro apareceu pela primeira durante a noite de terça-feira numa declaração televisiva ao país.
“Isto não pode ficar impune. Todos os envolvidos já estão a ser interrogados, decorrem investigações e haverá acusações penais diante dos tribunais de justiça pelos crimes graves que cometeram contra a Constituição, o Estado de direito e o direito à paz”, declarou o líder do regime de Caracas perante a tentativa de liderada por Juan Guaidó.
Nicolás Maduro fala num “golpe de engano e mentira” e alega que 80% dos militares e polícias convocados de madrugada foram “chamados ao engano”, não lhes disseram que era um golpe.
“Quando viram Guaidó e Leopoldo Lopez disseram: ‘o que é isto, meu Deus’” e, à medida que as horas passavam, foram abandonando a revolta, relata o Presidente numa intervenção ao lado do ministro da Defesa, Vladimir Padrino.
Nicolás Maduro também anunciou uma mudança na chefia dos serviços secretos. Gustavo Gonzalez Lopez vai ocupar o lugar de Manuel Cristopher Figuera na agência Sebin.
O líder do regime de Caracas não avançou qualquer explicação para a mudança. Poderá ou não significar que Figuera passou para o lado de Juan Guaidó.
Maduro acusa os Estados Unidos de estarem por detrás da tentativa de golpe de Estado e deixa uma garantia: “vamos continuar vitoriosos”, com “a verdade como espada e escudo perante tantos ataques e mentiras”.
Minutos antes, Juan Guaidó também fez uma declaração ao país onde garantiu que Nicolás Maduro “não tem o apoio nem o respeito das Forças Armadas”.
Num vídeo na rede social Facebook, o autoproclamado presidente interino e líder da Assembleia Nacional pede aos militares que “continuem a avançar” com a “Operação Liberdade”, para derrubar Maduro e resgatar o país.
“Nós, os venezuelanos que nos rebelámos pacificamente, temos a oportunidade de conquistar o nosso futuro” na “fase definitiva da Operação Liberdade. Amanhã [quarta-feira], toda a Venezuela às ruas”, apelou o presidente interino, que também agradeceu o apoio da comunidade internacional.