Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

Espécie de orquídea asiática pode ajudar no tratamento de cancro

06 mai, 2019 - 07:23 • Lusa

'Bletilla Striata' pode ter impacto na regeneração de tecido ósseo e em futuros tratamentos do cancro.

A+ / A-

Uma equipa da Universidade de Macau está a realizar uma investigação pioneira a partir de uma orquídea com previsível impacto na regeneração de tecido ósseo e em futuros tratamentos do cancro.

“Há um caminho longo a percorrer”, mas duas das aplicações médicas da descoberta podem passar pela “regeneração de tecido e imunoterapia para tratamento do cancro”, sublinhou o professor Wang Chunming em declarações à Lusa.

A 17 de abril, a Universidade de Macau tinha anunciado que a equipa liderada por Wang era “a primeira no mundo a desenvolver com sucesso um novo tipo de substituto de tecido baseado em fatores bioativos isolados de uma erva medicinal chinesa”, a 'Bletilla Striata', espécie de orquídea do Sudeste Asiático.

A equipa concluiu testes de laboratório e explora agora a possibilidade de avançar com estudos pré-clínicos em colaboração com médicos, depois de a pesquisa, que durou cinco anos, ter sido publicada em revistas internacionais da especialidade.

“Muitos acidentes podem causar fraturas nos nossos ósseos e cartilagens, danos que muito dificilmente podem ser curados pelo próprio organismo, por isso queremos fornecer este tipo de polissacarídeos nas partes danificadas para curar o corpo”, explicou o professor, doutorado em Engenharia Biomédica pela Universidade Tecnológica de Nanyang, em Singapura.

“Este é um tipo de aplicação. No nosso processo inicial [de estudo] da interação entre estas moléculas e as nossas células imunitárias também descobrimos que estes podem ativar as células imunitárias para um estado que pode ser benéfico para o tratamento o cancro”, adiantou.

Durante a investigação, Wang disse ter sido percebido que “as moléculas de açúcar podem ativar o corpo e curar, seja um osso ou pele danificada, pelo poder das [células] macrófagos”.

“Nós concebemos este tipo de ‘açucares’ e acreditamos que no futuro podem ser utilizados através da aplicação de diferentes tipos de membranas, películas e géis no tecido danificado ou usados como hospedeiro, como um veículo, como um carro para distribuir células vivas no corpo”, sustentou.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+