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Alterações climáticas. “É óbvio que não estamos no caminho certo”, diz Guterres

12 mai, 2019 - 10:45 • Lusa

“Quando as coisas pioram, as medidas políticas parecem estar a recuar”, afirmou o secretário-geral da ONU na Nova Zelândia, onde deixou elogios à primeira-ministra Jacinda Ardern.

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Guterres presta homenagem "à extraordinária união" do povo da Nova Zelândia
Guterres presta homenagem "à extraordinária união" do povo da Nova Zelândia

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, afirmou este domingo que a vontade política para combater as alterações climáticas parece estar a enfraquecer, ao mesmo tempo que a situação vai piorando para os que sentem os seus efeitos.

"Vemos em toda a parte a demonstração óbvia de que não estamos no caminho certo para atingir as metas estabelecidas pelo acordo de Paris", afirmou aos jornalistas no momento da chegada à Nova Zelândia, como parte de um roteiro pelo Pacífico Sul para destacar os problemas causados pelas mudanças climáticas.

O pacto, assinado por 195 países membros da ONU, tem o objetivo de conter o aquecimento global abaixo de dois graus celsius. "E o paradoxo é que, quando as coisas pioram, as medidas políticas parecem estar a recuar", notou Guterres, citado pela agência France-Presse, numa conferência de imprensa em Auckland, com a primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern.

Em Christchurch, António Guterres também se irá reunir com líderes muçulmanos após o massacre de 51 fiéis em março, mortos por um atirador que atacou duas mesquitas durante as orações de sexta-feira.

O secretário-geral da ONU afirmou que costuma visitar um país muçulmano durante o mês sagrado do Ramadão, mas que este ano decidiu visitar os muçulmanos na Nova Zelândia como um tributo à sua coragem e resistência, demonstrando admiração pela solidariedade mostrada no país após o ataque.

Guterres elogiou ainda a primeira-ministra da Nova Zelândia por ajudar a implementar novas leis de controlo de armas e por instar outros líderes mundiais e empresas de tecnologia a encontrem uma maneira de evitar que atos de extremismo sejam mostrados online, como aconteceu com o ataque de março.

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