23 mai, 2019 - 21:29
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos apresentou 17 novas acusações contra o cofundador do Wikileaks, Julian Assange, entre os quais espionagem.
A justiça norte-americana acusa Assange de ter divulgado os nomes de fontes secretas de forma ilegal.
O fundador do Wikileaks também está indiciado dos crimes de conspiração, bem como de apoio à ex-analista militar Chelsea Manning no acesso a informação classificada.
A acusação acontece menos de um mês depois de o Departamento de Justiça dos Estados Unidos ter ordenado a abertura de um processo contra Julian Assange.
O fundador do WikiLeaks foi preso a 11 de abril pela polícia britânica, depois de as autoridades terem sido convidadas a entrar na embaixada do Equador, em Londres, onde o australiano vivia sob proteção diplomática desde 2012.
Dias mais tarde foi condenado a 50 semanas de prisão por ter violado as condições da liberdade condicional.
Em 2012, Assange, hoje com 47 anos, refugiou-se na embaixada do Equador na capital britânica para evitar a extradição para a Suécia, onde foi acusado de violação.
O australiano acabou por ser detido no passado dia 11 de abril e é acusado pelos Estados Unidos por uma das maiores fugas de sempre de informação secreta.
Numa carta lida pelo advogado de defesa, Mark Summers, Julian Assange invocou ter sido confrontado com "circunstâncias apavorantes" que o levaram a refugiar-se durante sete anos na embaixada do Equador em Londres em junho de 2012 para evitar a extradição para a Suécia, onde seria questionado sobre alegações de abusos sexuais sobre duas mulheres.