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EUA proíbem cruzeiros para Cuba. 800 mil reservas em causa

05 jun, 2019 - 22:52 • Redação, com Lusa

​Associação de Cruzeiros diz que proibição da Administração Trump de viagens a Cuba põe em causa quase 800 mil reservas

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A decisão do Governo dos Estados Unidos de proibir viagens culturais e educacionais em grupo a Cuba colocou em causa cerca de 800 mil reservas de cruzeiros, acusa a Associação Internacional de Linhas de Cruzeiros (CLIA).

Na terça-feira, os Estados Unidos impuseram novas sanções contra Cuba proibindo, para além de viagens culturais e educacionais em grupo para a ilha, a exportação de barcos e aviões privados e comerciais.

Num comunicado citado pela agência espanhola EFE, a CLIA refere que a proibição que entrou hoje em vigor vai afetar viagens “previamente aprovadas” pelo Governo norte-americano.

“Sem aviso, os membros da CLIA são obrigados a cancelar imediatamente todos os cruzeiros para Cuba”. A associação contabiliza quase 800 mil reservas para viagens que já estavam programadas ou em curso.

A CLIA lembra ainda que as reservas foram feitas no âmbito de uma licença geral emitida pelo Governo norte-americano, na altura presidido por Barack Obama. Esta licença “autorizava as chamadas viagens “de cidade para cidade” para Cuba”, detalha ainda a associação.

O organismo não revelou qual o impacto financeiro desta medida, mas alerta que, com base nas novas regras, viajar para Cuba num cruzeiro dos Estados Unidos passou a ser “ilegal”.

A proibição de cruzeiros é uma medida da Administração Trump para pressionar o governo de Cuba a implementar reformas e a deixar de apoiar o Presidente venezuelano, Nicolás Maduro.

Um cruzeiro da empresa Carnival, que tinha zarpado na segunda-feira, mudou de rota e já não vai parar em Havana, capital de Cuba, como estava programada. Em alternativa, o navio vai atracar na ilha mexicana de Cozumel.

Como medida de compensação, a companhia vai oferecer um crédito de 100 dólares para os passageiros gastarem nas atividades a bordo do cruzeiro.

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