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Foto de trenó a deslizar sobre a água mostra efeitos do degelo na Gronelândia

18 jun, 2019 - 14:33 • Redação

Cientista dinamarquês Steffen Olsen partilhou com o mundo uma pista de gelo que este ano foi inundada por água. O investigador Steffen Olsen alerta para o impacto do degelo na vida da população local e no resto do mundo.

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Uma fotografia tirada pelo investigador climático Steffen Olsen mostra os efeitos das alterações climáticas e do degelo acelerado na Gronelândia.

A imagem captou o momento em que o cientista do Instituto Dinamarquês de Meteorologia e o trenó puxado por cães percorrem uma pista que deveria ser de gelo branco, mas que este ano está inundada por água.

A fotografia foi partilhada nas redes sociais e rapidamente se tornou viral, servindo de mais um sinal de alerta para as alterações climáticas e o aquecimento do planeta.

Steffen Olsen alertou na rede social Twitter para o impacto da alteração da paisagem na vida da população local, “que depende do mar gelado para transporte, caça e pesca”.

Os habitantes da Gronelândia – região com a segunda maior superfície gelada do mundo - estão na primeira linha das consequências do degelo, mas o impacto não se vai limitar à zona dos Polo Norte.

Thomas Mote, da Universidade da Georgia, nos Estados Unidos, disse à CNN que este é o pior degelo desde a década de 90 na Gronelândia.

“A Gronelândia tem sido um dos principais contribuintes para a subida do nível do mar nas últimas duas décadas e o degelo da superfície e o escoamento representam uma grande parte”, explica Thomas Mote.

Na semana passada, o secretário-geral das Nações Unidas, o português António Guterres, foi capa de uma edição da revista “Time” dedicada às alterações climáticas que já ameaçam a existência de várias ilhas.

De semblante carregado, António Guterres surge de fato gravata, com água pelos joelhos. "O nosso planeta está a afundar-se" é o título da edição dedicada à luta contra as alterações climáticas.

António Guterres foi fotografado em Tuvalu, na Polinésia, um dos países mais ameaçados com a subida da água dos mares, consequência das alterações climáticas.

O Papa apelou na sexta-feira, no Vaticano, a uma “transição energética radical”, Perante responsáveis de empresas petrolíferas convocados pelo Departamento para o Serviço de Desenvolvimento Humano Integral (Santa Sé), Francisco falou mesmo em "emergência climática".

“Hoje, é necessária uma transição energética radical para salvar a nossa casa comum. Ainda há esperança e tempo para evitar os piores impactos da mudança climática, desde que haja uma ação rápida e resoluta”, declarou Francisco, numa audiência que decorreu na Casina Pio IV.

A intervenção abordou os riscos das mudanças climáticas e sublinhou que “o tempo está a esgotar-se”.

A secretária de Estado do Território e da Conservação da Natureza revelou, na semana passada, que a linha de costa portuguesa perdeu 100 hectares nos últimos nove anos, uma conclusão do Programa de Monitorização da Faixa Costeira de Portugal (COSMO).

Os alertas multiplicam-se. Um estudo publicado por um "think tank" australiano alerta que, nos próximos 30 anos, a civilização humana vai sofrer uma "ameaça existencial".

O Centro Nacional Para a Restauração do Clima australiano traça um cenário negro sobre as consequências das alterações climáticas, alertando para uma “elevada probabilidade de a civilização humana acabar” até 2050.

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