Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

Trump sobre potencial conflito militar com o Irão: "Não duraria muito tempo"

26 jun, 2019 - 16:31 • Redação com Lusa

Apesar de esperar que não haja guerra, o Presidente dos EUA acredita que, caso aconteça o conflito, os norte-americanos estão “numa posição muito forte" em relação a Teerão.

A+ / A-

O Presidente norte-americano garantiu esta quarta-feira que os Estados Unidos terão uma posição de força em caso de conflito com o Irão e que se houver guerra será de curta duração e sem necessidade de enviar tropas para aquele território. “Uma guerra contra o Irão não duraria muito tempo”, disse Donald Trump em entrevista ao canal de televisão Fox Business.

Afirmando esperar que não haja guerra, o Presidente Donald Trump sublinhou que, caso o conflito aconteça, os Estados Unidos estão “numa posição muito forte e [a guerra] não durará muito tempo”. Trump também afastou a possibilidade de “enviar militares para o solo” em caso de guerra contra o Irão.

As relações entre Washington e Teerão têm estado muito tensas desde o ano passado, quando Trump decidiu retirar unilateralmente os Estados Unidos do acordo sobre o nuclear e restabelecer sanções ao Irão. O acordo, assinado quando Barack Obama era Presidente dos Estados Unidos, envolvia os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (EUA, China, Rússia, França, Reino Unido) e ainda a Alemanha e destinava-se a travar os planos de construção de armas nucleares por parte do governo de Teerão.

Para ver as sanções económicas retiradas, em 2015 o Governo iraniano acordou limitar drasticamente o seu programa nuclear e assegurar que não produziria armas nucleares.

O Presidente Donald Trump adotou uma “linha dura” face ao Irão, acusando-o de propagar o caos na região através dos seus aliados no Iraque e outros países. Em maio deste ano, um ano após a decisão de Trump de abandonar o acordo, o Irão decidiu, por seu turno, suspender alguns dos compromissos a que estava sujeito pelo acordo nuclear de 2015, aumentando a produção de urânio enriquecido, mas arriscando mais sanções económicas.

Os EUA acusam o Irão de apoiar financeiramente movimentos ‘jihadistas’ em vários países árabes, nomeadamente na Síria, e consideram que Teerão tem vindo a procurar condições para ameaçar os interesses norte-americanos na região. Em resposta a essas ameaças, os EUA enviaram um porta-aviões e uma força de bombardeiros para o Golfo.

A tensão voltou a aumentar quando o Irão derrubou um ‘drone’ [aparelho aéreo não-tripulado] norte-americano, que levou Washington a preparar ataques aéreos retaliatórios, cancelados à última hora.

O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, disse hoje que a União Europeia “está a acompanhar a situação de perto e preocupada com a tensão na região do Golfo Pérsico”.

Na quinta-feira, o Presidente russo, Vladimir Putin, avisou os Estados Unidos para as consequências do uso da força contra o Irão, depois do seu homólogo norte-americano, Donald Trump, ter escrito na rede social Twitter: “O Irão cometeu um enorme erro”.

O Irão alega que o avião não tripulado de vigilância norte-americano estava em espaço aéreo iraniano e que foi alertado várias vezes antes de ser lançado um míssil contra ele. Na terça-feira, o Irão anunciou que irá libertar-se “resolutamente” de dois outros dos seus compromissos no quadro do acordo internacional sobre o seu programa nuclear “a partir de 7 de julho” e disse estar cansado da “insolência” dos europeus.

A Europa adotou uma série de medidas de contraponto em relação às sanções económicas impostas pelos Estados Unidos desde maio de 2018, mas estas não têm sido eficazes.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+