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EUA

Procuradores querem prisão perpétua para atacante de Charlottesville

28 jun, 2019 - 16:00 • Lusa

James Fields declarou-se culpado de 20 dos 30 crimes federais de ódio racial.

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Os procuradores norte-americanos vão pedir prisão perpétua para James Fields, de 22 anos, acusado de ter dirigido o seu carro em 2017 em direção a um protesto contra um comício neonazi e com a intenção de matar. Os advogados de Fields argumentam pelo contrário que se trata de um jovem com um registo de problemas mentais e que merece alguma medida de clemência.

Um juiz federal decide esta sexta-feira se Fields deve ser condenado a prisão perpétua ou a uma sentença menor por ter morto um manifestante antirracista e provocado ferimentos em algumas dezenas em 2017, quando deliberadamente dirigiu a alta velocidade a viatura que conduzia em direção a um grupo de manifestantes que protestavam contra um comício supremacista e nacionalista em Charlottesville, no Estado da Virgínia.

O caso agravou as tensões raciais em todo o país.

Fields declarou-se culpado de 20 dos 30 crimes federais de ódio racial num acordo estabelecido em março e que excluiu a possibilidade da pena de morte. Os procuradores e os advogados de Fields concordaram que os regras judiciais federais apontavam para a prisão perpétua.

No entanto, e num relatório apresentado na semana passada, os advogados de Fields pedem ao juiz distrital Michael Urbanski que considere uma sentença “inferior à perpétua”. “Nenhum castigo imposto a James pode reparar o dano que causou a dezenas de pessoas inocentes. Mas este tribunal devia considerar que as represálias têm limites”, argumentaram os seus advogados.

Em qualquer caso, Fields não tem qualquer esperança de sair da prisão.

O jovem também enfrenta a 15 de julho uma sentença num tribunal estadual pela morte da manifestante antirracista Heather Heyer e ferimentos em mais de 30 pessoas com a viatura que conduzia. Um júri recomendou prisão perpétua mais 419 dias.

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