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Itália detém capitã de navio de resgate de migrantes

29 jun, 2019 - 12:23 • Reuters

Alguns dos 40 migrantes a bordo do Sea-Watch 3 poderão vir para Portugal.

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As autoridades italianas detiveram, na noite de sexta-feira para sábado, a capitã de um navio operado pela organização Sea-Watch, que resgata migrantes no Mediterrâneo.

Carola Rackete foi detida por aportar sem autorização no porto italiano de Lampedusa. É acusada de resistir a um navio de guerra, crime que acarreta uma pena que pode chegar aos 10 anos.

O navio Sea-Watch 3, de bandeira holandesa, mas operada pela organização alemã, estava há duas semanas em alto mar com 40 migrantes africanos a bordo. Tinha pedido autorização para aportar, mas foi-lhe negada por Itália. Contudo, a capitã do navio optou por aportar de qualquer maneira.

Na chegada foi recebida por um grande contingente policial e detida. Os migrantes puderam desembarcar e foram para centros de acolhimento.

O Governo italiano já reagiu a este incidente, com Matteo Salvini a apelidar a capitã de “pirata”.

“Fora de lei detida. Navio pirata apreendido. Grande multa para ONG estrangeira. Migrantes todos redistribuídos para outros países Europeus. Missão completa”, escreveu, no Twitter.

Salvini disse ainda que o navio tinha colocado em perigo a vida de polícias italianos, esmagando um dos seus botes contra o porto.

O primeiro-ministro italiano tinha dito antes que só aceitaria que o navio Sea-Watch 3 aportasse quando tivesse garantias de que outros países aceitariam os migrantes. Segundo a sua mensagem no Twitter isso já foi conseguido, embora ele não tenha especificado quais são. A imprensa italiana, contudo, está a dizer que estes incluem França, Alemanha, Luxemburgo, Finlândia e Portugal.

A Renascença está a tentar obter confirmação junto do Governo português deste facto.

Comentários
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  • Cidadao
    29 jun, 2019 Lisboa 17:04
    E que tal reconstruirem os Países deles, em vez de os receber cá, contra a vontade das populações? Porque na realidade, as pessoas não os querem cá. Só os querem cá, os exploradores ávidos de mão-de-obra não reivindicativa e ao preço da chuva, e os "corações-de-pomba" do politicamente correto. Não seria melhor em vez de lhes dar um peixe, ensiná-los a pescar?
  • Filipe
    29 jun, 2019 évora 16:56
    Se a lei diz que é crime assim seja , sejam presos os criminosos que ajudam ilegalmente seja quem for . O que deviam de andar a tratar era de saber o que leva essa gente a fazer travessias e abandonarem os lares . Os países ou a ONU devia já ter negociado e deter ou manter essa gente nos seus lares de origem . Talvez sejam países que não tem nada para trocar ... nem petróleo nem ouro ... mas é uma vergonha o que está hoje a acontecer essa inundação de gente oriunda da desgraça que depois ao fim de uns dias vai fazer o quê nos novos países ? O mais curiosos é quem anda a ajudar essa gente ainda não acolher sequer uma criança no seu lar ... fazem isso para protagonismo individual e daí colherem frutos próprios , mas agora tem o juiz e a prisão certa , bem feito .

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