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Comissário europeu assume que UE falhou na ajuda ao combate aos incêndios em Portugal

09 jul, 2019 - 07:00 • João Cunha , enviado a Madrid

Christos Stylianides, comissário Europeu para a Ajuda Humanitária e Gestão de Crises, confessa que os incêndios de 2017 foram a situação mais dolorosa da sua vida.

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O comissário Europeu para a Ajuda Humanitária e Gestão de Crises, Christos Stylianides, pediu desculpa aos portugueses pelo falhanço da ajuda europeia no combate aos incêndios de 2017.

Há dois anos, o primeiro avião de ajuda só chegou quatro dias depois do pedido de socorro de Portugal.

Dois anos depois dos trágicos incêndios, nos quais morreram mais de 100 pessoas, está, por fim, operacional o novo sistema de ajuda do Mecanismo Europeu de Portecção Civil, o RescEU. Os meios aéreos estão a ser apresentados esta semana, em Madrid.

O comissário cipriota confessou, num encontro informal com os jornalistas, que o facto de não ter conseguido dar uma resposta a Portugal no combate aos incêndios de 2017 foi a situação mais dolorosa da sua vida.

No âmbito do RescEU, será criada uma nova reserva de capacidades a nível europeu, incluindo aviões de combate florestal, bombas de água especiais, centros de busca e salvamento urbanos e hospitais de campanha e equipas médicas de emergência.

O diretor da agência europeia de Proteção Civil e de Operações de Ajuda Humanitária (ECHO), Johannes Luchner, admitiu que não espera que, nesta fase, Portugal contribua para a missão, que conta já com 13 meios aéreos: sete aviões e seis helicópteros da Croacia, Fraça, Espanha, Italia e Suécia.

“Na atual situação não há qualquer expectativa que Portugal ponha dois [helicópteros] Kamov no sistema e ceda dois terços da sua frota. O que Portugal ou outro qualquer país membro esteja disposto a contribuir, é inteiramente com o estado-membro”, clarifica Johannes Luchner.

De acordo com o diretor da ECHO, a “principal preocupação não é a resposta”, mas sim a prevenção. “É saber o tipo de madeira que temos em Portugal. É o cadastro da floresta. É se as pessoas tomam conta destas florestas”.

“Economicamente, a prevenção é a melhor coisa que se pode fazer”. Johannes Luchner exploca que se houver um investimento de um euro em prevenção, poupam-se entre três e onze euros em combate, dependendo do desastre natural.

Até agora, estavam a ser gastos 136 milhões de euros dos contribuintes europeus neste sistema. O orçamento que a Comissão propôs até 2027 é de 1.4 mil milhões de euros, cerca de 200 milhões por ano.

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  • José Joaquim Cruz Pinto
    09 jul, 2019 Ílhavo 12:19
    Então, agora, os parlamentares bombeiros-especialistas-mor do PSD e do CDS vão com toda a certeza pedir a demissão do comissário. Ou será que não?

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