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Equipa Boris. Um Governo de ministros polémicos

25 jul, 2019 - 10:27 • Joana Bourgard

Novo primeiro-ministro britânico faz uma declaração ao parlamento, após uma reunião com o novo Governo, resultado de uma remodelação, considerada hoje pela imprensa como uma "carnificina".

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Um grupo de 21 ministros do Governo de Theresa May demitiram-se ou foram convidados a sair. Entra um novo bloco no Parlamento britânico, liderado por Boris Johnson.

Esta quinta-feira, o governante encontra-se pela primeira vez com a sua equipa composta por ministros pró-Brexit e defensores das políticas de antiga primeira-ministra Margaret Thather.

O novo primeiro-ministro rodeou-se sobretudo de eurocéticos convictos, a quem distribuiu as pastas mais importantes, dando um sinal de que a prioridade é sair UE a 31 de outubro, com ou sem acordo.

Entre os novos governantes está Jo Johnson, irmão do primeiro-ministro, que vai desempenhar o cargo de secretário de Estado Economia, Energia e Indústria.

Conheça seis das figuras mais polémicas do novo Governo britânico.


Priti Patel - Secretária de Estado para os Assuntos Internos

Figura de grande ascensão no Partido Conservador, Patel é uma defensora da pena de morte. Em 2011 disse que a pena capital pode servir para desencorajar o crime, mesmo que alguns inocentes sejam executados. Em 2017, Patel demitiu-se do cargo de secretária de Estado para o Desenvolvimento Internacional depois de participar em 12 reuniões secretas com Israel, decorridas fora do protocolo.

Dominic Raab – Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros

Fez parte da mesma campanha pró-Brexit de Boris Johnson e Nigel Farage que publicitou em autocarros londrinos o facto falso de o Reino Unido enviar 350 milhões de libras todas as semanas para a União Europeia, dinheiro esse que diziam poder ser aplicado no Sistema Nacional de Saúde britânico. Foi ministro do Interior, ministro da Justiça e após a demissão de David Cameron assumiu a pasta de secretário de Estado para o Brexit, do qual acabou por se demitir no final de 2018. Assume-se como um “underdog” que luta pelos “underdogs” e diz que “provavelmente” não é feminista.

Jo Johnson – Ministro para os negócios, energia e estratégia industrial

Irmão de Boris Johnson, chegou ao Parlamento britânico em 2010. Em 2014 assumiu o ministério dos Transportes, até se demitir em 2018 depois de votar contra a proposta para o Brexit de Theresa May.

Sajid Javid – Ministro das Finanças

Ex-banqueiro e milionário, o discípulo de Margaret Thatcher é a primeira pessoa de uma minoria étnica a ocupar um dos quatro cargos mais importantes do Governo britânico. Filho de uma condutora de autocarros no Paquistão que imigrou para o Reino Unido na década de 60. Depois de terminar a faculdade, Sajid trabalhou como banqueiro em Nova Iorque, Londres e Singapura. Foi ministro para a Igualdade, secretário de Estado da Cultura e dos Negócios.

Andrea Leadsom – Ministra da Economia

A ministra que terá dado a palavra final antes de May decidir demitir-se. Leadsom sugeriu que o facto de May não ter filhos faz com que não saiba o que é melhor para o futuro do país, ao contrário dela, que tem três filhos. "Ela possivelmente tem sobrinhas, sobrinhos, muitas pessoas. Mas tenho filhos, que vão ter filhos, que farão parte do que acontece a seguir", disse. Renunciou como líder da Câmara dos Comuns a 22 de maio, dois dias antes da demissão de May.

Gavin Williamson – Secretário de Estado da Educação

Demitido do cargo de secretário de Estado da Defesa há menos de três meses, por Theresa May, pela suspeita de divulgar segredos de segurança nacional relacionados com o “ban” aos telemóveis Huaweii. Williamson negou ter divulgado informações confidenciais.

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