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​Reino Unido. Boris varre metade do Governo, mantém ministro do Brexit e chama irmão

25 jul, 2019 - 01:01 • Redação, com agências

Eurocéticos da linha dura, uma defensora da pena de morte, um discipulo de Thatcher são estes alguns dos reforços “contratados” pelo novo primeiro-ministro britânico para tentar consumar o divórcio com a União Europeia até ao final de outubro.

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O novo primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, afastou mais de metade dos ministros do Governo de Theresa May, sua antecessora no executivo e no Partido Conservador.

Os reforços “contratados” por Boris Johnson, para tentar consumar o divórcio com a União Europeia até ao final de outubro, são veteranos defensores do Brexit e eurocéticos da linha dura.

A importante pasta das Finanças foi entregue a Sajid Javid, um discípulo da antiga primeira-ministra Margaret Thatcher. O antigo secretário do Interior vai para o lugar até agora ocupado por Philip Hammond.

O Ministério do Interior fica nas mãos de Priti Patel, que em tempos defendeu o regresso da pena de morte. Priti Patel regressa ao executivo depois de ter sido obrigada a demitir-se da pasta do Desenvolvimento Internacional, em 2017, devido a um encontro fora da agenda oficial com um elemento do Governo de Israel quando estava de férias.

Outra polémica: Priti Patel chegou a sugerir que o Reino Unido acenasse com um eventual cenário de falta de alimentos na Irlanda como moeda de troca para garantir um melhor acordo com a União Europeia para o Brexit.

Dominic Raab, que chegou a ser ministro do Brexit de Theresa May, regressa agora ao Governo para ser secretário dos Negócios Estrangeiros, cargo até agora ocupado por Jeremy Hunt, o candidato derrotado a líder do Partido Conservador.

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Jeremy Hunt, o secretário cessante dos Negócios Estrangeiros, explicou que deixa o Governo depois de o novo primeiro-ministro lhe ter pedido para trocar de ministério, o que recusou.

Jacob Rees-Mogg, um dos líderes do coro que exigiu a demissão de Mau e diretor do European Research Group (pró-Brexit), é o novo líder da Câmara dos Comuns.

Um dos ministros que Boris Johnson decidiu manter foi o eurocético Stephen Barclay, o responsável pelas negociações do Brexit.

O político conservador assumiu funções em novembro do ano passado, após as demissões de David Davis e Dominic Raab, ambos em divergência com os planos do Governo para o divórcio com a UE.

Um dos poucos novos ministros que fez campanha pela permanência na União Europeia foi Ben Wallace, nomeado para a Defesa, em substituição de Penny Mordaunt, uma eurocética que apoiou Jeremy Hunt, o adversário de Boris Johnson na eleição para a liderança.

O gabinete de Boris Johnson, anunciou também que Jo Johnson, irmão do primeiro-ministro, vai desempenhar o cargo de secretário de Estado Economia, Energia e Indústria.

O líder do partido Conservador, Boris Johnson, foi indigitado esta quarta-feira primeiro-ministro britânica pela rainha Isabel II, o 14.º primeiro-ministro do reinado da monarca, numa audiência no palácio de Buckingham.

No discurso à chegada à residência oficial, em Downing Street, defendeu a negociação de um "novo acordo, um acordo melhor" para o 'Brexit' e disse que o país devia preparar-se para sair sem acordo a 31 de outubro.

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