05 ago, 2019 - 20:12 • Redação
O número de ativistas ambientais assassinados duplicou nos últimos 15 anos e é quase metade das mortes registadas entre as forças norte-americanas no Afeganistão e no Iraque.
De acordo com os dados publicados no jornal “Nature Sustainability”, pelo menos, 1.558 ambientalistas que protegiam as suas terras, água ou a vida selvagem foram mortos, entre 2002 e 2017, em 50 países.
O número de mortos aumentou de dois para quatro por semana, no período analisado, indicam os números citados pelo jornal “The Guardian”.
Os autores do estudo consideram que esta subida pode ser atribuída ao aumento das pressões ambientais, com o aumento das necessidades do setor agrícola, mineiro e outras indústrias extrativas.
Quase todas as mortes tiveram lugar na América Central e do Sul, em países com altos níveis de corrupção e baixos índices de respeito pelos direitos fundamentais.
Apenas 10% dos casos resultaram em condenações em tribunal, segundo os dados publicados no jornal “Nature Sustainability”.
No final do mês passado, um líder indígena no Amapá, no norte do Brasil, foi assassinado por garimpeiros que invadiram uma aldeia.
O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACDH) da Organização das Nações Unidas (ONU) condenou a morte Emyra Waiãpi.