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Primeiro "sarcófago" de Chernobyl está em risco de colapsar

08 ago, 2019 - 22:25 • Redação

A estrutura foi construída em 1986, logo após o acidente nuclear, e atualmente está coberta por uma nova cúpula.

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Ucrânia quer dar uma “nova vida” a Chernobyl – a 108 metros de altitude
Ucrânia quer dar uma “nova vida” a Chernobyl – a 108 metros de altitude

A empresa ucraniana responsável pela central nuclear de Chernobyl revelou que as avaliações dos especialistas mostram que o primeiro sarcófago tem uma probabilidade “muito alta” de entrar em colapso. Esta cúpula foi construída logo após o acidente nuclear em 1986 para conter a radioatividade.

Por isso, a 29 de julho, foi assinado um contrato de quase 70 milhões de euros com uma construtora para desmantelar esta estrutura até 2023, avança o Business Insider.

A construção de uma nova cúpula demorou nove anos, mas o projeto começou a ser pensado em 1997. Este novo "sarcófago" tem 275 metros de largura, 108 metros de altura e pesa 36 mil toneladas. A maior estrutura móvel terrestre alguma vez construída é conhecida por Novo Confinamento Seguro e cobre integralmente a primeira.

Foi inaugurada em julho, com pompa e circunstância, pelo presidente ucraniano Volodymyr Zelenskiy, sob o pretexto de tornar Chernobyl num ponto (ainda mais) atrativo e seguro para turistas e cientistas.

A nova estrutura foi concebida para isolar, durante os próximos cem anos, os materiais radioativos e teve um custo total de 2,2 mil milhões de euros.

Está previsto que o desmantelamento do primeiro sarcófago decorra até 2013, depois começam os trabalhos de limpara o lixo radioativo que devem acontecer até 2065.

Um teste mal-sucedido levou ao desastre naquela manhã de 26 de Abril de 1986 que abalou fortemente a imagem da União Soviética. A ordem de evacuação da zona apenas foi dada 36 horas depois do acidente e mais tarde o então líder soviético Mikhail Gorbatchev.

Meio milhão de civis e militares foram recrutados para a operação de limpeza. Trinta e um morreram durante as operações, a maioria de radioactividade aguda, mas os efeitos de longo prazo ainda se estão a fazer sentir, com muitos dos trabalhadores e habitantes locais a sofrer de cancro e outras doenças.

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