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Cientista após sucesso de novos medicamentos: “Já não se pode dizer que o Ébola é incurável”

12 ago, 2019 - 18:08 • Redação

Dois medicamentos que acabam de ser testados no Congo revelam taxas de mortalidade muito baixas, sobretudo para quem procura tratamentos logo após os primeiros sintomas.

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Dois de quatro medicamentos atualmente a ser testados na República Democrática do Congo deram sinais de serem muito eficientes na cura do Ébola, segundo um estudo coordenado pela Organização Mundial da Saúde.

Em declarações à imprensa esta segunda-feira, o coordenador do estudo, Jean-Jacques Muyembe, deixou claro que “já não se pode dizer que o Ébola é uma doença incurável”, acrescentando que os avanços médicos permitirão salvar “milhares de vidas”.

Até agora, os medicamentos disponíveis para tratar a epidemia tinham resultados negligenciáveis. Cerca de 70% dos que contraíam a doença morriam e por isso, segundo os responsáveis pelo estudo, as famílias tinham muita relutância em procurar ajuda, pois viam os seus parentes a entrar para as clínicas e a sair de lá mortos.

“Agora que 90% dos pacientes podem ser completamente curados, começarão a acreditar nos tratamentos e isso vai aumentar a confiança entre a população e a comunidade”, disse Muyembe.

Segundo o diretor do Instituto Nacional de Alergias e Doênças Infeciosas dos Estados Unidos (US NIAID), os resultados destes dois medicamentos de anticorpos monoclonais são de facto muito inspiradores, com taxas de mortalidade a descer até aos 11% e 6% em casos em que os doentes pediam tratamento nas primeiras fases da doença.

O Ébola é uma doença altamente contagiosa e até agora era quase sempre mortal, o que tornava as epidemias especialmente alarmantes. A República Democrática do Congo, onde se desenrolaram os testes a estes novos medicamentos, é uma região particularmente sujeita a este vírus.

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