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Noruega suspende donativos para a Amazónia. Bolsonaro ironiza

16 ago, 2019 - 15:20 • Redação, com agências

O Presidente brasileiro considera que a Europa não está em condições de dar lições de moral à sua administração.

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A Noruega seguiu o exemplo da Alemanha e suspendeu os donativos ao Governo brasileiro para a proteção da Amazónia, depois de um aumento da deflorestação no “pulmão do planeta”.

O Presidente brasileiro já reagiu. Jair Bolsonaro considera que a Europa não está em condições de dar lições de moral à sua administração.

“A Noruega não é aquele país que mata baleias no Polo Norte?”, afirmou Jair Bolsonaro.

O Presidente brasileiro sugere mesmo que o Governo norueguês pegue no dinheiro e “ajude Angela Merkel a reflorestar a Alemanha”.

O ministro norueguês do Ambiente anunciou a suspensão de um donativo de cerca de 30 milhões de euros, depois de semanas de tensas negociações com o Governo brasileiro.

O país escandinavo acusa Brasília de “já não querer parar a desflorestação” e de ter “rompido o acordo” com os doadores do Fundo.

Na resposta, o ministro brasileiro do Ambiente, Ricardo Salles, decidiu suspender as atividades do Fundo Amazónia para discutir a sua regulamentação.

Na resposta, o ministro norueguês do Ambiente anunciou a suspensão de um donativo de cerca de 30 milhões de euros.

A Noruega é o maior contribuidor do Fundo Amazónia, com um total de mil milhões de euros aplicados na última década na proteção da maior floresta do mundo.

A desflorestação da Amazónia brasileira atingiu 2.254,8 quilómetros quadrados (km2) em julho, um número 278% superior ao mesmo período de 2018, referem as últimas estimativas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).

De acordo com a projeção do instituto, que capta dados mensais através de um sistema de alertas de alterações na cobertura florestal da Amazónia, a desflorestação passou de 596,6 km2, em julho de 2018, para 2.254,8 km2 registados no mês passado.

O INPE já havia assinalado um crescimento de 88% na desflorestação em junho, em relação ao mesmo mês em 2018, dados que foram publicamente contestados pelo Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, e levaram à demissão do presidente anterior da instituição Ricardo Galvão.

Jair Bolsonaro anuniou, esta semana, que está disposto a legalizar a mineração na Amazónia para levar o progresso aos territórios indígenas do país, apesar das críticas da comunidade internacional.

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