26 ago, 2019 - 07:55 • Lusa
A polícia de Hong Kong justificou o uso de canhões de água e um disparo para o ar, no domingo, em mais um dia de protestos violentos na região administrativa especial chinesa, que terminou com dezenas de detenções.
Os confrontos de domingo nos subúrbios de Tsuen Wan estão entre os mais violentos desde junho, quando se iniciaram as manifestações pró-democracia contra o Governo da antiga colónia britânica.
"Cercados, sob ataque e enfrentando perigo de vida, seis polícias retiraram as suas pistolas. A fim de proteger a própria segurança e de outros polícias, um agente disparou um tiro de advertência para o céu", lê-se num comunicado da polícia.
A polícia também confirmou o uso, pela primeira vez, de dois veículos equipados com canhões de água para dispersar os manifestantes.
De acordo com o mesmo comunicado, pelo menos, 15 agentes da polícia ficaram feridos durante os confrontos de domingo e dezenas de manifestantes, incluindo um menor de 12 anos, foram detidos por reunião ilegal, posse de armas e agressão.
"A polícia apela ao público que se dissocie dos manifestantes violentos", acrescentou a polícia, prometendo "medidas implacáveis" para levar estes manifestantes à justiça.
Os protestos na região administrativa especial chinesa duram desde 9 de junho e têm sido marcados por violentos confrontos entre manifestantes e polícia.
Inicialmente, a contestação dirigia-se apenas às emendas à lei da extradição propostas pelo Governo de Hong Kong, que permitiriam extraditar suspeitos de crimes para países com os quais não existia acordo prévio, como é o caso da China continental.