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Johnson pede suspensão dos trabalhos parlamentares para impedir travagem do "hard Brexit"

28 ago, 2019 - 09:24 • Redação com Lusa

Boris Johnson não assume o plano. O esquema visa encurtar prazos de a modo a impedir que os deputados tenham tempo para aprovar medidas que travem uma saída sem acordo a 31 de outubro.

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O primeiro-ministro britânico rejeitou, esta quarta-feira, que o seu plano de calendário para a "reentré" política vise impedir o parlamento de tomar medidas que travem o "hard Brexit", ou seja, a saída do Reino Unido da União Europeia sem acordo.

"Isso é completamente falso. Estamos a apresentar um novo programa legislativo sobre criminalidade, sobre hospitais, assegurando que temos o financiamento da educação de que necessitamos e que haverá tempo suficiente em ambos os lados daquela crucial cimeira de 17 de outubro, tempo suficiente no parlamento para que os deputados possam debater o Brexit e todas as outras questões", disse Johnson.

A BBC avançou esta quarta-feira que o governo planeava pedir à rainha que suspenda o parlamento em meados de setembro, de modo a impedir que haja tempo para a aprovação de legislação que trave o "hard Brexit". Com a suspensão dos trabalhos parlamentares, os deputados dificilmente terão tempo para aprovar leis que visem impedir o primeiro-ministro, Boris Johnson, de consumar a saída a 31 de outubro.

“Os deputados terão muito tempo para debater”, reforçou Johnson, sublinhado: "Não vamos esperar até 31 de outubro para dar continuidade aos nossos planos de levar o país adiante. Temos de começar a pôr no terreno um orçamento e novas leis e é por isso que vamos ter o discurso da rainha a 14 de outubro”.

Vários os órgãos de comunicação social britânicos avançam que, durante o último fim de semana, Boris Johnson procurou aconselhamento jurídico sobre a suspensão do parlamento por cinco semanas a partir do início de setembro. O esquema fará com que uma nova sessão do parlamento comece apenas a meio de outubro.

"É hora de o novo Governo e o novo primeiro-ministro detalharem um plano para este país depois que deixarmos a União Europeia", disse uma fonte do Governo citada pela BBC, justificando assim a medida.

Após as férias parlamentares, as sessões deverão ser retomadas em 3 de setembro, prevendo o plano de Johnson o encerramento a partir de 9 ou 10 de setembro.

O Governo fixou 14 de outubro como a data em que apresentará no Parlamento o novo programa de Governo para a próxima legislatura, o chamado "discurso da Rainha".

[notícia atualizada às 11h30, com declarações de Boris Johnson]

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  • José Joaquim Cruz Pinto
    28 ago, 2019 Ílhavo 15:34
    E, a confirmarem-se as últimas "notícias de última hora", a chamada "rainha" de não se sabe o quê veio finalmente mostrar para o que serve, ... até um dia ser mandada (com toda a sua corte) reinar para uma ilha deserta bem longe de tudo e todos. O impropriamente chamado "Reino Unido" terá acabado de renunciar ao direito de inclusão no concerrto dos estados não ditatoriais e civilizados.
  • José Joaquim Cruz Pinto
    28 ago, 2019 11:39
    Será preciso mais o quê para se expor a vigarice que foi (aquando do referendo), é, e vai continuar a ser o Brexit pela mão da cambada conservadora que neste momento já usurpa o poder executivo no Reino Unido?

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