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Hong Kong volta à rua apesar de probição. Polícia responde com gás lacrimogéneo

31 ago, 2019 - 11:18 • Redação com Lusa

Manifestantes desafiaram a proibição de protesto, no dia em que se assinalam cinco anos em que a China recusou o sufrágio universal no território.

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Milhares de manifestantes desfilam, este sábado, nas ruas de Hong Kong, num claro desafio à proibição de um protesto decretado pelas autoridades, no dia em que se assinalam cinco anos em que a China recusou o sufrágio universal no território.

De acordo com a agência Reuters, a polícia já usou lás lacrimogéneo e canhões de águas para dispensar os manifestantes, que se concentraram perto do quartel militar chinês. Os manifestantes responderam atirando pedras e cocktails molotov à polícia.

Sob os pretextos de estarem a efetuar uma manifestação religiosa para "rezar pelos pecadores" e de irem às compras em grupo, os manifestantes ignoraram os avisos da polícia para não realizarem qualquer protesto, sob pena de arriscarem até cinco anos de prisão.

As milhares de pessoas marcham perto do parlamento e do Gabinete de Ligação de Pequim em Hong Kong, entoando cânticos 'religiosos' e as habituais palavras de ordem associadas às cinco reivindicações do movimento pró-democracia.

Um dos manifestantes albergava trajes religiosos e empunhava um cartaz onde se podiam ler "os cinco mandamentos", numa alusão às cinco exigências dos manifestantes.

Na quinta-feira, a polícia de Hong Kong proibiu a manifestação e a marcha pró-democracia prevista para hoje, sublinhando que quem desobedecer pode enfrentar até cinco anos de prisão.

A proibição do protesto, aliada às detenções, na sexta-feira, de ativistas antigovernamentais e membros do parlamento, fazem adivinhar mais um fim de semana tenso na ex-colónia britânica, segundo analistas ouvidos pela Lusa.

Os manifestantes apresentam cinco reivindicações: a retirada definitiva da lei da extradição, a libertação dos manifestantes detidos, que as ações dos protestos não sejam identificadas como motins, um inquérito independente à violência policial, a demissão da chefe de governo Carrie Lam e sufrágio universal nas eleições para este cargo e para o Conselho Legislativo, o parlamento de Hong Kong.

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