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Reino Unido

Boris Johnson não quer eleições antecipadas nem adia o Brexit "em circunstância alguma"

02 set, 2019 - 18:11 • Redação

Primeiro-ministro acredita num Brexit com acordo e apela a que o Parlamento chumbe a proposta "sem sentido" do Partido Trabalhista para adiar o divórcio com a UE para 31 de janeiro do próximo ano.

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“Eu não quero uma eleição, vocês não querem uma eleição”. Assobios ouvidos durante declaração de Boris Johnson
“Eu não quero uma eleição, vocês não querem uma eleição”. Assobios ouvidos durante declaração de Boris Johnson

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, fez esta segunda-feira uma declaração ao país para dizer que não convoca eleições antecipadas e que quer o Brexit até 31 de outubro.

“Enquanto chegamos ao prazo limite para o Brexit, estou encorajado com os progressos que estamos a fazer. Nas últimas semanas, as hipóteses de um acordo aumentaram”, adianta Boris Johnson.

O primeiro-ministro britânico aponta três razões para a sua confiança: "eles veem que nós queremos um acordo, que temos uma visão clara para a nossa relação futura com a União Europeia, o que por vezes talvez não tenha sido o caso, e conseguem ver que estamos determinados a fortalecer a nossa posição de sair [da UE], independentemente da maneira”.

Para Boris Johnson, as negociações com Bruxelas podem ser prejudicadas pelos planos dos deputados britânicos de repetir o referendo ao Brexit ou adiar o divórcio com a UE, marcado para 31 de outubro.

Apela a que o Parlamento chumbe a proposta "sem sentido" do Partido Trabalhista para adiar o Brexit para 31 de janeiro do próximo ano.

Se a moção for aprovada, os deputados "vão cortar as pernas" aos negociadores britânicos com a UE e "vão tornar qualquer futura negociação absolutamente impossível".

"Para mostrar-mos aos nossos amigos em Bruxelas que estamos unidos no nosso propósito, os deputados devem votar com o Governo contra o adiamento sem sentido de Jeremy Corbyn [líder do Partido Trabalhista]", declarou Boris Johnson, numa declaração ao país em frente à residência oficial em Downing Street.

O primeiro-ministro britânico deixa um aviso: não vai pedir o adiamento do Brexit "em qualquer circunstância".

"Vamos sair a 31 de outubro, sem 'ses' ou 'mas'. Não vamos aceitar recuar nas nossas promessas ou rasgar o referendo. Com essa convição, eu acredito que vamos conseguir um acordo nessa cimeira crucial, em outubro, um acordo que o Parlamento, seguramente, poderá escrutinar", sublinhou Boris Johnson.

"Vamos deixar os nossos negociadores trabalhar sem essa espada de dâmocles sobre a cabeça e sem uma eleição. Eu não quero uma eleição, vocês não querem uma eleição", frisou o governante, que promete uma "ambicioso" programa de investimento na saúde, educação, segurança e tecnologia.

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