03 set, 2019 - 21:27
Pelo menos cinco pessoas morreram desde domingo e 189 foram detidas no mesmo período durante os conflitos contra cidadãos estrangeiros na África do Sul.
Num comunicado divulgado esta terça-feira pela polícia sul-africana, as autoridades referem que registaram cinco homicídios - dois em Corronationville, dois em Hillbrow, e outro "perto de um 'hostel' em Jeppe", todos na província de Joanesburgo.
No documento, as autoridades referem ainda a detenção de 189 pessoas desde domingo, por atos que incluem violência pública, danos à propriedade e roubo.
A polícia sul-africana refere ainda que foi chamada a intervir durante a manhã de hoje, detendo 40 pessoas em Germinston e Alexandra e que disparou bala de borracha sobre grupos que planeavam pilhar estabelecimentos comerciais em Tokoza e em Kempton Park.
O Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, condenou a violência dirigida essencialmente a imigrantes.
"Condeno a violência que se tem espalhado por várias das nossas províncias nos mais vigorosos termos" disse Ramaphosa num vídeo partilhado na plataforma Twitter.
"Os ataques contra comerciantes estrangeiros são totalmente inaceitáveis, tal coisa não pode ser permitida na África do Sul", acrescentou Ramaphosa.
Na mensagem, o chefe de Estado sul-africano acrescentou que se irá reunir com ministros para "acompanhar o que está a acontecer" e para encontrar maneiras de acabar com a violência.
Uma nova onda de violência e pilhagens contra estrangeiros iniciou-se na África do Sul neste fim-de-semana, com maior incidência em Joanesburgo e Pretória.
Também o Presidente nigeriano, Muhammadu Buhari, se manifestou "muito preocupado" com a vaga de violência xenófoba na África do Sul contra os imigrantes africanos, nomeadamente nigerianos, anunciando o envio de uma delegação a Pretória para transmitir as suas inquietações.