04 set, 2019 - 20:32
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O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, voltou esta quarta-feira a pedir eleições antecipadas depois de deputados aprovarem um diploma que impede um Brexit sem acordo.
O projeto de lei para adiar o Brexit para evitar uma saída sem acordo em 31 de outubro concluiu o processo de aprovação na Câmara dos Comuns e vai passar para a Câmara dos Lordes. A votação na chamada "terceira leitura" contabilizou 327 votos a favor e 299 contra, uma margem de 28 votos, no parlamento britânico.
Antes na votação na especialidade, várias propostas de alteração foram rejeitadas, mas uma acabou por passar devido a um mal-entendido.
A proposta de alteração de 17 deputados do partido Trabalhista defende que seja considerado no futuro o acordo de saída negociado por Bruxelas e modificado para refletir as conversas com o ‘Labour' em abril e maio.
Esta versão acabou por não ser submetida ao parlamento devido à oposição dentro do Governo que resultou na demissão de Theresa May do cargo de primeira-ministra em junho.
O projeto de lei exige que o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, peça uma nova extensão da data de saída até 31 de janeiro caso o parlamento não aprove um acordo de saída ou não autorize uma saída sem acordo até 19 de outubro.
Descontente com este projeto de lei, Boris Johnson apresentou uma proposta para convocar eleições antecipadas, mas esta só será aprovada se tiver o apoio de dois terços dos deputados da Câmara dos Comuns, o que poderá ser inviabilizado pelo partido Trabalhista numa votação esta noite.
Boris Johnson garantiu esta quarta-feira, no Parlamento, que vai concretizar o Brexit até 31 de outubro, se ainda for primeiro-ministro britânico, e voltou a propor eleições antecipadas a 15 de outubro.
O primeiro-ministro e líder do Partido Conservador espera que o divórcio com a União Europeia seja possível com um acordo e melhorado, em relação ao anterior alcançado por Theresa May, mas rejeitado pelos deputados.
O líder da oposição e do Partido Trabalhista, Jeremy Corbyn, acusou o primeiro-ministro de oferecer “o veneno” de um Brexit sem acordo, ao pedir aos deputados a convocação de eleições antecipadas.
Jeremy Corbyn admite apoiar novas eleições quando o diploma a impedir um Brexit desordenado for promulgado.