04 set, 2019 - 08:38 • Redação
Nas próximas horas, o governo de Hong Kong deve anunciar o fim da polémica lei da extradição.
Vários órgãos de comunicação social anteciparam a notícia, mas a informação já foi confirmada por fonte do Executivo, citada pela agência Reuters.
A chefe do governo, Carrie Lam, deverá retirar formalmente a proposta legislativa que tem motivado protestos de milhares de pessoas nos últimos três meses, cedendo a uma das principais exigências dos manifestantes pró-democracia.
O movimento pró-democracia condena a crescente pressão de Pequim sobre o território, que considera pôr em causa o princípio "um país, dois sistemas", adotado após a transferência de Hong Kong para a República Popular da China, em 1997.
Os protestos duram há quase três meses e já foram detidas quase 900 pessoas. Na passada semana, foram detidos proeminentes ativistas e três deputados do parlamento.
O movimento pró-democracia definiu cinco reivindicações: a retirada definitiva da lei da extradição, a libertação dos manifestantes detidos, que as ações dos protestos não sejam identificadas como motins, um inquérito independente à violência policial, a demissão da chefe de governo Carrie Lam e sufrágio universal nas eleições para este cargo e para o Conselho Legislativo, o parlamento de Hong Kong.
Os manifestantes estão proibidos, por decisão de um tribunal, de se manifestarem no interior e junto ao aeroporto, um dos mais movimentados no mundo, depois de em meados de agosto terem conseguido que durante dois dias fossem cancelados todos os voos.