12 set, 2019 - 15:18 • Lusa
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, negou esta quinta-feira ter mentido à rainha Isabel II quando pediu autorização para suspender o parlamento, cuja decisão a justiça escocesa declarou "ilegal" na quarta-feira.
"Claro que não. O Tribunal Superior [High Court] de Inglaterra concorda claramente connosco, mas o Tribunal Supremo vai ter de decidir. Precisamos de um Discurso da Rainha, precisamos de avançar e fazer montes de coisas a nível nacional", justificou.
Boris Johnson falava em Londres, num evento dedicado ao transporte marítimo, durante o qual anunciou uma nova encomenda de fragatas para a marinha britânica, promovendo a indústria da construção naval no Reino Unido.
Na quarta-feira, o tribunal de última instância escocês considerou "ilegal" a decisão do primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, de suspender o Parlamento do Reino Unido, mas remeteu a decisão final para o Tribunal Supremo britânico.
O caso vai começar a ser analisado na terça-feira, em conjunto com o recurso relativamente à decisão num processo semelhante do tribunal supremo [High Court] de Londres, que indeferiu um pedido de cancelamento da suspensão do parlamento.
O Conselho de Ministros aprovou esta quinta-feira medidas de contingência adicionais para o caso de o Reino Unido sair da União Europeia sem acordo, estendendo o atual plano até ao final de 2020 em relação aos serviços financeiros e segurança social.
As medidas constam de um decreto-lei que foi explicado aos jornalistas pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, no final do Conselho de Ministros.