16 set, 2019 - 08:15 • Redação
O presidente da Comissão Europeia e o primeiro-ministro do Reino Unido encontram-se no Luxemburgo para um almoço de trabalho esta segunda-feira.
Este será o primeiro encontro entre Juncker e Johnson desde que o britânico assumiu a liderança do Governo britânico, em julho.
A reunião acontece a um mês e meio da data agendada para a saída do Reino Unido da União Europeia e num momento em que as negociações entre Bruxelas e Londres estão num impasse.
De acordo com a BBC, Boris Johnson vai reforçar a ideia que apesar de querer alcançar um acordo com a UE até 18 de outubro, mantém a posição de sair sem acordo a 31 de outubro.
O encontro conta ainda com presença do negociador-chefe da UE para o Brexit, Michel Barnier, do Secretário do Brexit, Steve Barclay, e do representante do Brexit de Downing Street, David Frost.
Com o parlamento suspenso até dia 14 de outubro, resta saber o que se vai seguir no longo e tumultuoso processo da saída do Reino Unido da União Europeia.
Em vigor está já a lei que impede uma saída britânica sem acordo, lei essa que obrigará também Boris Johnson a solicitar um adiamento do Brexit, de 31 de outubro para 31 de janeiro, caso não consiga alcançar um acordo com os parceiros europeus até dia 19 de outubro.
Mas irá Boris Johnson respeitar a lei? Reagindo ao chumbo da sua moção, Boris Johnson não respondeu diretamente à pergunta (não tão diretamente como quando na semana passada referiu que prefere "morrer numa valeta" a adiar o Brexit) mas acusou a oposição, nomeadamente o líder trabalhista Jeremy Corbyn, de o colocar numa encruzilhada, pois quer, acusa Boris, “que o primeiro-ministro britânico vá a uma negociação vital sem o poder de se afastar”.
O primeiro-ministro comprometeu-se, no entanto, e enquanto o Parlamento se mantiver suspenso – ou seja, até dia 15 de outubro –, a tentar chegar a um acordo de saída, prometendo negociar um acordo “do interesse nacional” no Conselho Europeu de 17 de outubro.