20 set, 2019 - 18:40 • Redação
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O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, avisou esta sexta-feira França, Alemanha e outros países da Europa que está disposto a libertar militantes do autoproclamado Estado Islâmico detidos pelos norte-americanos no continente se esses países não aceitarem os seus cidadãos de volta.
"Eu derrotei o califado", começou por declarar Trump aos jornalistas na Casa Branca durante um encontro com o primeiro-ministro australiano, Scott Morrison. "E agora temos milhares de prisioneiros de guerra, militantes do ISIS", acrescentou, usando um dos acrónimos pelos quais o grupo extremista é conhecido.
"Estamos a pedir aos países de onde eles vieram, da Europa, que aceitem estes prisioneiros de guerra de volta. Podem julgá-los, podem fazer o que quiserem, mas até agora recusaram", disse, referindo-se concretamente à Alemanha e a França.
"Em algum momento, vou ter de dizer: 'Desculpem, mas ou os aceitam de volta ou eu vou largá-los nas vossas fronteiras", ameaçou o chefe de Estado.
A isto, Trump acrescentou que "os EUA não vão manter [na prisão extrajudicial de] Guantánamo durante 50 anos os milhares e milhares de prisioneiros capturados" nem "gastar milhares de milhões de dólares" com eles.
"Já fizemos um enorme favor à Europa. Se não os aceitarem de volta, provavelmente vamos deixá-los nas fronteiras [da Europa] e depois têm de ir capturá-los outra vez."
Há cerca de um mês, o Presidente norte-americano já tinha proferido uma ameaça semelhante, queixando-se da relutância dos países europeus em receberem de volta os seus nacionais que partiram para a Síria e para o Iraque para se juntarem às fileiras do Estado Islâmico.
Neste momento, há milhares de jihadistas, entre eles muitos europeus, presos em campos na Síria.