23 set, 2019 - 11:03 • Redação com agências
Pelo menos nove pessoas foram detidas, esta segunda-feira, em Barcelona numa operação contra catalães pró-independência. A polícia espanhola suspeita que estavam a planear ações violentas para assinalar o segundo aniversário do referendo ilegal de 1 de outubro e o julgamento dos líderes independentistas, que devem conhecer em breve a sentença.
Os detidos, nenhum dos quais tinha cadastro, fazem parte das chamadas Equipes de Resposta Técnica, a ala mais violenta do autoproclamado Comité de Defesa da República (CDR), segundo fontes citadas pelo jornal “El País”. Vão ser acusados de crimes de rebelião, terrorismo e posse de explosivos.
A operação começou às 5h00 (4h00 de Lisboa) e está a ter lugar em vários municípios da Catalunha.
Os agentes levaram a cabo uma dezena de buscas a residências em vários locais de Barcelona, Sabadell e Santa Perpètua de Mogoda, nas quais foram apreendidas substâncias que podem ser usadas na fabricação de explosivos (ácido sulfúrico, parafina e alumínio em pó) equipamentos de informática e documentação variada.
Entretanto, o Ministério do Interior espanhol confirmou em Madrid que foram encontradas substâncias que poderiam ser utilizadas para fabricar explosivos.
Em declarações à rádio pública espanhola (RNE) o Ministro do Interior em exercício, Fernando Grande-Marlaska, adiantou que a operação policial está a ser coordenada por um juiz da Audiência Nacional, um tribunal especial que trata de crimes contra o Estado, estando a ser investigados delitos de caráter violento.
Os CDR são conhecidos pela realização de ações contra a ordem pública, como o corte de vias importantes de comunicação, para apoiar o movimento independentista catalão.