23 set, 2019 - 08:41 • Lusa
As autoridades indonésias apontaram que problemas no projeto e supervisão do Boeing 737 MAX desempenharam um papel importante no acidente da aeronave Lion Air na Indonésia em 2018.
De acordo com as conclusões preliminares de um relatório das autoridades, a que o “The Wall Street Journal” teve acesso, o acidente foi também provocado por erros de pilotagem e problemas de manutenção.
Em outubro de 2018, um voo da companhia aérea Lion Air caiu 12 minutos após a descolagem na Indonésia, resultando na morte de 189 passageiros e tripulantes.
Em março deste ano, um voo da Ethiopian Airlines caiu seis minutos após a descolagem, causando 157 mortes.
Os investigadores indonésios ainda podem alterar o relatório que já partilharam com a Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA, na sigla inglesa) e Direção Nacional de Segurança nos Transporte, apontou o jornal.
As autoridades norte-americanas devem visitar a Indonésia no final do mês para discutir o assunto.
No dia 3 de junho a Boeing informou as autoridades de aviação dos EUA que mais de 300 modelos de aeronaves 737 NG e 737 MAX têm peças “fabricadas de maneira inapropriada”, indicou a FAA.
Uma das partes afetadas é o mecanismo da asa do avião que modifica as características de subida e resistência durante as descolagens e as aterragens, refere a FAA em comunicado.
De acordo com a FAA, a sua investigação determinou que há 32 Boeing NG e 33 Boeing Max afetados nos Estados Unidos. No total são "133 NG e 179 MAX" os aviões afetados em todo o mundo, acrescenta a FAA.
Os Boeing 737 Max estão proibidos de voar em quase todos os países do mundo.