09 out, 2019 - 20:52 • Redação
As tropas turcas iniciaram esta quarta-feira à noite uma operação terrestre no nordeste da Síria contra as forças curdas, anunciou o Ministério da Defesa.
O tiro de partida da operação militar tinha sido dado durante a tarde, quando aviões turcos atacaram alvos do movimento curdo YPG.
As Forças Armadas de Ancara dizem ter atingido 181 instalações desde o início da incursão do nordeste da Síria.
De acordo com a milícia curda Forças Democráticas da Síria (SDF, na sigla inglesa), um dos alvos atingidos foi uma prisão onde estavam detidos elementos do grupo terrorista Estado Islâmico, sem avançar mais pormenores.
A Turquia, por seu lado, garantiu esta quarta-feira no Conselho de Segurança das Nações Unidas que a operação militar será "proporcional, medida e responsável".
Pelo menos 15 mortos em ofensiva turca no nordeste da Síria
Pelo menos 15 pessoas, incluindo oito civis, morreram esta quarta-feira durante a ofensiva turca contra as forças curdas no nordeste da Síria, disse o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH).
Entre as vítimas mortais, duas foram registadas num ataque de artilharia contra a cidade de Al-Qamishli, predominantemente curda, salienta o OSDH.
Segundo a OSDH, 40 pessoas ficaram feridas durante a ofensiva turca.
A operação acontece depois de o Presidente norte-americano, Donald Trump, ter ordenado a retirada das tropas dos EUA estacionadas na região noroeste da Síria.
A operação militar da Turquia contra as forças curdas estacionadas no nordeste da Síria é uma “má ideia” e não angaria o apoio dos Estados Unidos, afirmou esta quarta-feira o Presidente norte-americano, Donald Trump. A União Europeia já veio exigir que a Turquia cesse imediatamente os ataques.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas vai reunir-se de emergência na quinta-feira para discutir a operação militar da Turquia.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, está “muito preocupado” com a situação no norte da Síria e defende que “qualquer operação militar deve respeitar a Carta das Nações Unidas e as leis humanitárias internacionais”.
[notícia atualizada às 00h35]