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Reino Unido

Boris desafia Corbyn para eleições antecipadas: "Seja homem"

25 out, 2019 - 17:12

Líder da oposição voltou a frisar que o seu partido não votará a favor das eleições enquanto a ameaça de um Brexit sem acordo não fosse descartada.

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O primeiro-ministro britânico Boris Johnson desafiou esta sexta-feira o líder da oposição Jeremy Corbyn a que “seja homem” e apoie a convocação de eleições antecipadas para 12 de dezembro, durante uma entrevista à Sky News.

“Está na hora do Jeremy Corbyn se comportar como um homem”, para que se possam “realizar eleições a 12 de dezembro”, afirmou o líder conservador à estação de televisão britânica.

Não é a primeira vez que o líder conservador usa termos sexistas e depreciativos em relação a outro político. Numa nota vazada em setembro, Boris Johnson usou um termo sexista para se referir ao ex-primeiro-ministro, e antigo líder do Partido Conservador, David Cameron, como "girly swot", que não tem uma expressão correspondente em português mas que equivale a alguém com trejeitos femininos que gosta de “se armar” e mostrar o seu conhecimento.

Durante as perguntas inaugurais enquanto primeiro-ministro de Boris no Parlamento, que foram transmitidas em direto, percebe-se que o líder conservador disse a Corbyn que convocasse eleições, usando outro termo depreciativo, "you big girl’s blouse", expressão idiomática que em português equivale a considerá-lo um “homem fraco”.

Boris Johnson propôs, na quinta-feira, a realização da votação após o Parlamento depois de aprovar o acordo inicial de adiamento do Brexit, concluído com Bruxelas, recusou considerar um processo rápido, uma vez que o objetivo principal do primeiro-ministro era que o Brexit ocorresse no dia 31 de outubro.

Jeremy Corbyn voltou a frisar que o seu partido não votará a favor das eleições enquanto a ameaça de um Brexit sem acordo não fosse descartada.

A votação do Partido Trabalhista é essencial para a realização das eleições, que tem de ser aprovada por dois terços dos deputados.

O líder trabalhista quer esperar pela decisão da União Europeia sobre o atraso de três meses que Boris Johnson foi forçado a exigir pelo Parlamento que quer evitar uma saída sem acordo que possa prejudicar a economia do país.

Ainda que tenham concordado com o novo adiamento, o terceiro em três anos de negociações, a Europa ainda não tomou qualquer decisão e uma nova reunião de embaixadores deve ser realizada segunda ou terça-feira, de acordo com fontes dos 27.

Boris Johnson, que sempre se opôs ao adiamento, argumentou que o Brexit a 31 de outubro, uma das promessas que tinha feito, é “sempre possível”. “Infelizmente, depende do que a UE vai dizer”, acrescentou.

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