29 out, 2019 - 11:44 • Marta Grosso com agências
O líder do Partido Trabalhista, Jeremy Corbyn, afirmou esta terça-feira que está pronto para apoiar a realização de eleições gerais antecipadas, agora que a União Europeia concedeu um adiamento de três meses para o Brexit, até 31 de janeiro.
As eleições no Reino Unido poderão, por isso, acontecer antes do Natal, no dia 12 de dezembro, como propõe o Governo conservador liderado por Boris Jonhson.
“Ouvimos agora da UE que a extensão do artigo 50 a 31 de janeiro foi confirmada; portanto, nos próximos três meses, nossa condição de não negociar nada foi cumprida”, afirmou.
“Eu sempre disse que estaríamos prontos para uma eleição e que o nosso apoio estaria sujeito a um Brexit sem acordo estar fora da mesa”, sustentou.
Jeremy Corbyn prometeu então lançar “a campanha mais ambiciosa e mais radical que o país alguma vez viu para uma verdadeira mudança”.
Na segunda-feira, o primeiro-ministro britânico viu a sua proposta para eleições antecipadas a 12 de dezembro ser chumbada pelo Parlamento e anunciou que voltaria a tentar nesta terça-feira.
Boris Johnson anunciou então que o Governo apresentaria, ainda na noite de segunda-feira, uma proposta de lei para serem convocadas eleições legislativas a 12 de dezembro, procedimento que apenas requer uma maioria simples.
O Partido Trabalhista absteve-se na votação. Hoje, o SNP e os democratas liberais defenderam a uma só voz eleições a 9 de dezembro, evitando assim que o primeiro-ministro promova o seu acordo sobre o Brexit no Parlamento.
A BBC cita fontes do Governo a avançar que Boris Johnson aceitaria a data de 11 de dezembro, se toda a oposição assim o aprovar.
Ainda na segunda-feira, a União Europeia aceitou um novo adiamento do Brexit, que fiou agendado para dia 31 de janeiro, oferecendo ao Reino Unido a possibilidade de abandonar mais cedo o bloco caso o Parlamento ratifique o Acordo de Saída.
Mas, apesar de a maioria dos políticos britânicos concordar na necessidade de eleições, os opositores de Boris Johnson pretendem evitar ao máximo a ratificação do acordo antes das eleições.