Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

Guiné-Bissau. ​ONU pede que Presidente e a Aristides Gomes que "resolvam diferenças"

04 nov, 2019 - 23:39 • Lusa

Antiga colónia portuguesa tem dois governos, depois da decisão do chefe de Estado de demitir o primeiro-ministro Aristides Gomes.

A+ / A-

O Conselho de Segurança das Nações Unidas apela ao Presidente da Guiné-Bissau e ao Governo liderado por Aristides Gomes a "resolver as suas diferenças" e condenou a violência no país, mostrando apoio ao início de uma investigação.

As declarações foram feitas esta segunda-feira pela presidente do Conselho de Segurança do mês de novembro, a inglesa Karen Pierce, numa reunião oficial na sede da Organização das Nações Unidas (ONU) para adotar um decreto sobre a Guiné-Bissau.

"O Conselho de Segurança expressa profunda preocupação sobre a situação social e política e apela ao Presidente José Mário Vaz e o Governo liderado pelo primeiro-ministro Aristides Gomes, encarregado de conduzir o processo eleitoral, a resolver as suas diferenças num espírito de respeito e cooperação", disse a presidente do órgão da ONU.

A declaração adotada acrescenta que "o Conselho de Segurança condena a recente violência que resultou na morte de um civil e vários feridos e saúda a decisão do Governo de lançar uma investigação independente sobre o assunto e espera pelo resultado".

A Guiné-Bissau está mergulhada numa crise política grave, depois de o Presidente José Mário Vaz ter demitido o Governo de Aristides Gomes, na semana passada, e ter dado posse a outro executivo.

Os Estados Unidos, a União Africana, a União Europeia, a CEDEAO, a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e as Nações Unidas já condenaram a decisão do Presidente e disseram que apenas reconhecem o executivo saído das eleições legislativas de 10 de março, que continua em funções.

O Governo de Aristides Gomes já disse que não reconhece a decisão de José Mário Vaz, por este ser candidato às eleições presidenciais, por o seu mandato ter terminado a 23 de junho e por ter ficado no cargo até às presidenciais por decisão da CEDEAO.

A Guiné-Bissau tem presidenciais marcadas para 24 de novembro e a segunda volta, caso seja necessária, vai decorrer a 29 de dezembro.

A campanha eleitoral, na qual participam 12 candidatos aprovados pelo Supremo Tribunal de Justiça, decorre entre sábado e 22 de novembro.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+