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Hong Kong “à beira do colapso total”

12 nov, 2019 - 16:00

Nos últimos dois dias assistiu-se a algumas das piores cenas de violência no território desde o começo dos protestos, em junho.

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O caos provocado pelos manifestantes antirregime em Hong Kong voltou a paralisar o território, esta terça-feira, tendo-se registado algumas das piores cenas de violência desde o início dos protestos, em junho.

Mais de mil pessoas juntaram-se no centro da cidade à hora do almoço, bloqueando o trânsito junto aos arranha céus. A maioria acabou por dispersar, mas um pequeno grupo ficou para trás e travou combates com a polícia nas ruelas mais estreitas. Mais de uma dúzia de pessoas foram detidas.

Segundo a polícia os manifestantes estavam a comportar-se de forma tresloucada, lançando lixo, bicicletas e outros detritos para cima das linhas do metro e cabos elétricos, paralisando assim os transportes na antiga colónia britânica. Nas imagens circuladas na televisão pode ver-se alguns ativistas a lançar objetos pesados de um viaduto, falhando por pouco um motociclista.

Os protestos não se limitarem ao centro da cidade. Em duas universidades, a City University e a Chinese University a polícia disparou gás lacrimogéneo para dispersar os manifestantes, enquanto estes responderam com tijolos e cocktails Molotov, ateando fogos. Vários alunos ficaram feridos.

Falando em conferência de imprensa sobre a violência dos últimos dias, em que um homem foi baleado à queima-roupa pela polícia e outro foi regado com gasolina e incendiado por manifestantes, Kong Wing-cheung, oficial da polícia, disse que “a nossa sociedade está à beira do colapso total”.

Os manifestantes protestam contra o que dizem ser a ingerência de Pequim no sentido de limitar as liberdades deixadas no território depois da devolução do mesmo pelo Reino Unido à China. Pequim nega e reafirma a sua confiança no Governo regional de Hong Kong, liderado por Carrie Lam e nos esforços da polícia. O exército chinês tem 12 mil homens no território, mas estes não se têm envolvido. Pequim diz, contudo, que esmagará qualquer tentativa de declaração de independência, uma reivindicação de uma minoria dos manifestantes.

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