13 nov, 2019 - 11:00 • Lusa
O Consulado-Geral de Portugal em Macau e Hong Kong pede aos estudantes portugueses na ex-colónia britânica que enviem os seus dados pessoais para obterem apoio, numa altura em que se registam violentos confrontos em universidades do território.
A representação diplomática “solicita a todos os estudantes de nacionalidade portuguesa que se encontrem em Hong Kong que nos transmitam via email para o endereço macau@mne.pt as seguintes informações: nome; Cartão de Cidadão ou passaporte; contacto telefónico; email; universidade onde estão a estudar”, lê-se num comunicado divulgado no Facebook do consulado português.
“Estas informações são essenciais para o consulado poder prestar qualquer apoio em caso de necessidade”, apontou.
Em situação de emergência, acrescentou o Consulado, os estudantes podem "procurar apoio através do telefone +853 28356632 ou do endereço macau@mne.pt ou ao Gabinete de Emergência Consular (atendimento 24 horas) pelos números +351 217929714/ +351 961706472 ou do endereço gec@mne.pt".
As universidades de Hong Kong tornaram-se desde segunda-feira, pela primeira, palco de violentos confrontos.
Na Universidade Chinesa de Hong Kong (CUHK) a polícia usou, na terça-feira, gás lacrimogéneo e balas de borracha contra centenas de manifestantes que construíram barricadas improvisadas e que lançaram tijolos, cocktails molotov, entre outros objetos, contra as autoridades.
Na área financeira da cidade já foram efetuadas várias detenções por parte da polícia.
Pelo menos 11 instituições de ensino superior, anunciaram que as aulas estão suspensas, de acordo com a emissora RTHK.
Em conferência de imprensa, a polícia de Hong Kong acusou a CUHK de se ter transformado numa "fábrica de armas".
As forças afirmaram que 400 bombas de cocktails molotov foram lançadas contra as autoridades na terça-feira e "várias centenas" foram lançadas no campus desta universidade. Do lado da polícia foram lançados 1.567 disparos de gás lacrimogéneo, na terça-feira e 1.312 balas de borracha.
Muitas estações de metropolitano e de comboio foram encerradas depois de os manifestantes antigovernamentais e pró-democracia terem bloqueado as entradas e vandalizado as instalações.