15 nov, 2019 - 09:35 • Redação com Lusa
O Presidente chinês já condena as manifestações, considerando-as “atividades ilegais violentas” que estão a colocar em causa o princípio “um país, dois sistemas” que garante a unidade da China.
A violência intensificou-se nos últimos tempos após um polícia ter morto a tiro um ativista e de um estudante ter morrido após cair de um edifício, durante uma operação policial.
Para Xi Jinping, as manifestações pró-democracia que há mais de quatro meses assolam as ruas de Hong Kong “desrespeitam seriamente o Estado de direito e a ordem social” neste território semi-autónomo.
Em declarações feitas durante a cimeira do bloco BRICS [Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul] em Brasília, e reproduzidas pelo jornal oficial do Partido Comunista Chinês, Xi Jinping considerou mesmo que os incidentes de Hong Kong estão a colocar em causa o princípio que norteia o sistema político “um país, dois sistemas” – a ideia proposta pelo antigo líder Deng Xiaoping para a unificação da China.
A contestação social, que dura há mais de seis meses, foi desencadeada pela apresentação de uma proposta de alteração à lei da extradição, que permitiria ao Governo e aos tribunais da região administrativa especial a extradição de suspeitos de crimes para jurisdições sem acordos prévios, como é o caso da China continental.
A proposta foi, entretanto, formalmente retirada, mas as manifestações generalizaram-se e reivindicam agora a implementação do sufrágio universal no território, a demissão da atual chefe do Governo, Carrie Lam, uma investigação independente à violência policial e a libertação dos detidos ao longo dos protestos.