17 nov, 2019 - 09:25 • Lusa
Um polícia foi este domingo atingido numa perna por uma flecha lançada por manifestantes antigovernamentais e pró-democracia em Hong Kong.
A polícia publicou as imagens na rede social Facebook e adiantou que as forças de segurança têm sido alvo do arremesso de tijolos, bombas incendiárias e flechas por parte de manifestantes que ainda permanecem junto à Universidade Politécnica de Hong Kong.
As autoridades sublinham que as condições se estão "a deteriorar", condenaram a violência dos manifestantes e recomendaram à população que não se dirija para o local, sublinhando que a ação dos jovens está a colocar em perigo a vida das pessoas.
Durante a manhã a polícia já disparara gás lacrimogéneo contra os manifestantes junto à Universidade Politécnica de Hong Kong, num momento em que a oposição parlamentar critica as forças armadas chinesas que no sábado esteve a retirar escombros das ruas.
A polícia antimotim alinhou-se a algumas centenas de metros e disparou várias granadas de gás lacrimogéneo contra os manifestantes, que se abrigavam atrás de uma `parede` de guarda-chuvas.
O confronto ocorreu horas depois de intensos confrontos durante a noite de sábado em que os dois lados trocaram bombas de gás lacrimogéneo e bombas incendiárias que deixaram focos de incêndio na rua.
Muitos manifestantes retiraram-se para o interior do campus, onde bloquearam entradas e montaram pontos de controlo de acesso.
Os manifestantes, que ocuparam vários campus importantes durante a passada semana, recuaram quase por completo, à exceção de um contingente que permanece na Universidade Politécnica.
O mesmo grupo também está a bloquear o acesso a um dos três principais túneis rodoviários que ligam a Ilha de Hong Kong ao resto da cidade.
Em outros lugares, trabalhadores e voluntários - incluindo um grupo de soldados chineses que saíram da guarnição - limparam estradas repletas de entulhos no sábado, quando a maioria dos manifestantes abandonou os locais.
Os legisladores da oposição emitiram uma declaração na qual criticam os militares chineses por se juntarem às operações de limpeza. Os militares têm permissão para ajudar a manter a ordem pública, mas apenas a pedido do Governo de Hong Kong.
O Governo de Hong Kong disse que não havia solicitado a assistência dos militares, descrevendo-a como uma atividade voluntária da comunidade.