19 nov, 2019 - 14:25 • Redação
Dois guardas prisionais que estavam de serviço a 9 de agosto, dia em que o milionário Jeffrey Epstein terá cometido suicídio numa cadeia de Manhattan, em Nova Iorque, nos Estados Unidos, foram detidos esta terça-feira. Enfrentam acusações de falsificação de documentos e de conspiração em prejuízo dos Estados Unidos, relacionadas com falhas no dever de vigilância à cela em que Epstein se encontrava.
A notícia foi avançada em primeira mão pelo “The New York Times” e confirmada oficialmente esta terça-feira. Tova Noel, de 31 anos, e Michael Thomas, de 41, deveriam verificar o estado dos reclusos, nomeadamente Epstein, que estava numa cela de alta segurança. Em vez disso, “sentaram-se nas suas secretárias, navegaram na internet e movimentaram-se pelas áreas comuns", precisa a acusação.
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Depois, assinaram folhas de registo de rondas que nunca terão sido feitas. Epstein apenas foi encontrado às 6h30, hora a que o pequeno almoço lhe deveria ser entregue, pode ler-se.
“Os arguidos tinham o dever de garantir a segurança dos reclusos a seu cargo”, aponta o procurador de Manhattan, em Nova Iorque, Geoffrey S. Berman, mas “falharam repetidamente na execução das rondas que lhes eram atribuídas e mentiram em documentos oficiais para esconder a sua negligência.”
Epstein esteve detido pouco mais de um mês
O milionário Jeffrey Epstein era suspeito de liderar uma rede de tráfico sexual e de abusos de menores e encontrava-se em prisão preventiva no momento do alegado suicídio.
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O magnata tinha sido detido a 6 de julho, declarando-se inocente das acusações, relativas a factos ocorridos entre 2002 e 2005. Em 2008, tinha-se declarado culpado num caso de lenocínio na Florida.
A 25 de julho, foi noticiado que Jeffrey Epstein tinha sido encontrado inconsciente na sua cela, com lesões no pescoço, numa possível tentativa de suicídio.
Após saber da morte do milionário, o procurador-geral dos Estados, Unidos, William Barr, declarou-se estupefacto e referiu à Associated Press que a morte tinha de ser investigada.