04 dez, 2019 - 14:28 • Redação
Mais de 100 sepulturas num cemitério israelita judeu na zona leste da cidade de Westhoffen, em França, foram danificadas e vandalizadas.
As sepulturas foram pintadas com suásticas nazis e com o número 14, usado como ligação ao "slogan" supremacista branco, na mais recente onda de ataques antissemita.
O Presidente Emmanuel Macron já reagiu no Twitter, escrevendo que França vai combater o antissemitismo “até os nossos mortos possam dormir em paz”.
“Os judeus são e fazem parte da França”, escreveu Macron.
França acolhe uma comunidade judaica de cerca de 550 mil pessoas - a maior da Europa.
O nordeste de França na região de Alsácia, na fronteira com a Alemanha, tem sido marcada por uma série de atos antissemitas nos últimos meses.
O chefe-rabino Haïm Korsia disse que está “revoltado e horrorizado de saber de mais uma profanação de um cemitério em Alsace”.
O presidente da câmara da região de Bas-Rhin, Jean-Luc Marx, visitou o lugar para demonstrar o seu apoio à comunidade judaica e "expressou a sua indignação" num comunicado de imprensa.
O cemitério de Westhoffen tem 700 sepulturas, incluindo túmulos de várias relações do antigo primeiro-ministro Léon Blum, o primeiro líder judeu da França antes e pouco depois da Segunda Guerra Mundial.
O primeiro ministro Edouard Philippe demonstrou também a sua “revolta e repulsa pelas inscrições antissemitas nos dois municípios de Bas-Rhin”, acrescentando que “os autores destes actos devem ser encontrados e punidos”.
França viu um aumento nos ataques anti-semitas nos últimos anos, tanto de islamistas quanto de extrema direita.
Na noite de terça-feira, a Assembleia Nacional da França aprovou um projeto de resolução que inclui o ódio a Israel como um exemplo de anti-semitismo.
Vários deputados do partido no poder do presidente Emmanuel Macron votaram contra a resolução.